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04/11/2021 às 09h11min - Atualizada em 04/11/2021 às 09h11min

Investigação aponta dinheiro vindo do tráfico no Pará

Substância ilícitas eram transportadas em aviões para outros Estados. Garimpos de ouro ilegais se tornaram base para pousos e decolagens de drogas, além de serem pontos de fachada para lavagem de dinheiro.

Dol
 

Narcos é o nome da série em que contou a história do famoso Pablo Escobar. Ele comandava o cartel de Medelín, na Colômbia, e se tornou um os criminosos mais ricos da história, que fabricava e distribuía cocaína pelo mundo. Escobar foi responsável na época por 80% do comércio de droga mundial.

Na manhã desta quinta-feira (04), a Polícia Federal deflagrou a Operação Narcos, que combate o crime de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. O nome faz referência tráfico em associação e ao uso da mineração de ouro como fachada para justificar os volumosos recursos em tese aferidos com a traficância.

Além do Pará, a operação está ocorrendo em Goiás, Tocantins e São Paulo. Estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 1 ª Vara Criminal da Justiça Estadual da Comarca de Santarém, oeste paraense Além disso, foi determinado o sequestro de 12 aeronaves, bloqueio de valores em contas bancárias e indisponibilidade de diversos outros bens móveis e imóveis.

Conforme apurado, as pessoas físicas e jurídicas investigadas, estabelecidas em vários estados da federação, movimentaram mais de 1 bilhão de reais no período de 2017 ao início de 2021.

 Divulgação/POlícia Federal

A investigação revelou que o transporte da substância era realizado por meio de aviões que partiam de outros estados até o Oeste do Pará, e neste local era feita a distribuição do produto ilícito para outras unidades da federação. Além disso, foi verificado que o grupo utilizava garimpos de ouro como base para pousos e decolagens no transporte de drogas e, também, como fachada para lavagem de dinheiro.

Uma das hipóteses criminais investigadas é a de que os investigados utilizavam Notas Fiscais de transações fictícias com ouro para justificar o patrimônio milionário.

Os crimes investigados no Inquérito Policial correspondente são de tráfico de drogas e associação para o tráfico (Art. 33 da Lei n° 11.343), corrupção passiva e ativa (Art. 317 e Art. 333 do Código Penal) e lavagem de dinheiro (Art. 1° da Lei n° 9.613), cujas penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão.


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