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17/10/2017 às 16h49min - Atualizada em 17/10/2017 às 16h49min

Botijões de gás: entenda o que é necessário para a comercialização do produto

Em entrevista, o subcomandante do Corpo de Bombeiros em Canaã, tenente Renato, falou sobre o comércio do produto na cidade

Kleysykennyson Carneiro - Jornal In Foco
Os botijões de gás são itens indispensáveis no cotidiano moderno da população. Em circulação desde 1938 no Brasil, os cilindros de gás são práticos e atendem uma enorme demanda da população. Dentro do cilindro, dois gases são predominantes: o propano e o butano. O primeiro, mais leve, provoca a chama azul característica, já o segundo, queima por último e, por transportar partículas do fundo do botijão, tem a cor amarela. Por conta da demanda, vender gás de cozinha é um comércio absolutamente rentável e grandes empresas se estabelecem no mercado para atender a população.
 
Mas para a comercialização do produto, algumas normas precisam ser seguidas e o comerciante só pode atuar no mercado com a autorização do Corpo de Bombeiros. Em entrevista, o subcomandante do 16º Grupamento de Bombeiros Militares em Canaã, tenente Renato, falou sobre as exigências para a venda do produto. De acordo com ele, as empresas na cidade estão buscando cada vez mais a legalidade e o órgão trabalha com o diálogo entre os comerciantes.
 
“Para a empresa poder fazer a venda do gás, não é diferente de qualquer outra empresa” explicou o tenente. “É necessário o alvará da Prefeitura, o nosso AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e também a autorização da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis). O que diferencia nesse caso é mesmo a ANP, nem todo estabelecimento precisa, mas para esse caso precisa e só é liberado com o documento do Corpo de Bombeiros. Um depende do outro. Dentro da norma padrão, não se pode confinar os botijões, há a questão da distância em relação a ralos, esgotos, o cuidado com a prevenção de incêndios e, dependendo da classe, quantos extintores são necessários, quantas saídas de emergência precisam e outros pontos.”


 
Sobre as empresas locais, Renato explicou: “Uma das grandes demandas que temos na nossa Sessão de Atividades Técnicas (SAT) é justamente a questão da legalização das empresas distribuidoras de gás. A nossa demanda é muito grande e isso mostra que elas procuram estar legalizados.”
 
O tenente também falou sobre a fiscalização realizada nas empresas que trabalham na clandestinidade: “Em relação a isso, a gente trabalha de acordo com denúncias e com algum tipo de provocação do Ministério Público, Polícia Civil ou Prefeitura Municipal. A gente tenta fazer um trabalho em conjunto, pois é necessário. Aqui em Canaã nós não tivemos, até então, nenhum momento de flagrante, de autuar um estabelecimento que esteja irregular. Normalmente ele já está em algum tipo de processo para se legalizar. Não encontramos nenhum estabelecimento em perigo eminente, se o comércio tem as condições mínimas de segurança a gente não autua.”


 
Conforme explicou o tenente Renato, o Corpo de Bombeiros se encontra à disposição da população para o atendimento burocrático referente a esta liberação. O comércio deste tipo de produto é lucrativo e necessário para a cidade, mas as precauções de segurança são fundamentais para se evitar transtornos futuros. 
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