A crise é geral. Não há lugar no planeta que não tenha sido atingido, de certa forma, pela crise epidemiológica causada pelo novo coronavírus. Em todo o planeta, mais de 1 milhão de pessoas já foram diagnosticadas com a doença e o número de mortos cresce a cada dia. Por conta do exponencial crescimento do vírus, os estados e municípios brasileiros decretaram quarentena para a sua população. Parte do comércio foi obrigada a fechar as portas e muita gente sentiu na pele os efeitos econômicos negativos da covid-19. Em Canaã dos Carajás, não foi diferente.
No entanto, em meio à crise o serviço de entregas cresceu nas últimas semanas no município. Restaurantes, distribuidoras de bebida, farmácias, lanchonetes, supermercados e outros que não podem mais abrir as portas para receber seus clientes precisaram se adaptar e divulgar telefones de entrega através de redes sociais e meios de comunicação tradicionais, como TV e rádio. A população, impedida de sair de casa, aderiu à ideia e o serviço de entrega cresce a cada dia.
Uma das maiores hamburguerias de Canaã tem números ainda melhores desde que a quarentena teve início. Entrevistado pela reportagem, um entregador que preferiu não se identificar, explicou que o número de entregas hoje é bem maior. “Estava entregando 10, 15 hambúrgueres todas as noites. Agora, já são 30, até 40. Melhorou muito a minha renda.”
Um comerciante local afirmou que, após o período de quarentena, o movimento caiu muito na mercearia em que é proprietário. Depois disso, ele começou a divulgar telefones de entrega por meio do Whatsapp. Resultado: muita gente passou a utilizar o aplicativo para fazer compras simples. De acordo com ele, o comércio já trabalhava com entregas antes, mas não com os pedidos por telefone. Segundo o empreendedor, o serviço tem ajudado a compensar o baixo movimento no comércio.
Ainda sem data para terminar, a crise pandêmica assusta, mas, de certo, não derrubará um exército de brasileiros que está mais do que acostumado a vencer períodos difíceis.
Foto ilustrativa
