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04/02/2020 às 15h58min - Atualizada em 04/02/2020 às 15h58min

O Super Bowl e a consolidação de Mahomes como o grande astro da NFL atualmente

Quarterback brilhou na conquista do título do Kansas City Chiefs, no restante dos playoffs e caminha para figurar entre os maiores jogadores da história da liga mesmo muito jovem

- Jornal In Foco
Globo Esporte
Foto: Steve Mitchell-USA TODAY Sports
Há dois anos, se eu escrevesse aqui sobre Patrick Mahomes, muita gente com certeza não saberia de quem se tratava. Afinal, àquela altura, era apenas um quarterback novato, reserva do Kansas City Chiefs. Pois bem, pule dois anos, hoje esse cara se consolidou como um gênio, o maior astro da NFL neste momento - com potencial para se manter por muitos anos.

A conquista do Super Bowl no último domingo, sobre o San Francisco 49ers, foi a consagração de Mahomes. Todos ja sabíamos o quão espetacular ele era. Mas o que ele fez na decisão (e no restante dos playoffs) foi algo que estamos acostumados a ver com os melhores da história. E ele, com apenas dois anos como titular, caminha para futuramente estar nessa lista.
 
Patrick Mahomes mostrou que é frio e decisivo na hora que precisa. E talvez seja essa a característica mais marcante desses grandes astros, como Tom Brady, por exemplo. Na hora que você espera e necessita que ele brilhe, pode contar que isso vai acontecer. Em partidas importantes, ainda mais. Talvez seja essa a maior diferença entre os quarterbacks bons e os gênios.

O que ele fez nesse domingo foi marcante. Mahomes, aos 24 anos, em seu segundo ano como titular, virou um Super Bowl no último quarto, em cinco minutos, perdendo por dez pontos de diferença, contra a melhor defesa da NFL. Isso depois de ter sido quase "anulado" em três quartos e sofrido duas interceptações. Frieza, resiliência, concentração, atitude... Pode colocar mais várias definições nessa lista. Ele mostrou tudo isso. E, como disse acima, é disso que os grandes são feitos.

Vale lembrar que ele já havia virado um jogo nos playoffs que perdia por 24 a 0 para o Houston Texans, e depois um que perdia por dez pontos na final da Conferência Americana contra o Tennessee Titans. Ou seja, o Super Bowl não foi um acaso. Patrick Mahomes é preparado pra esses momentos. Ele vai encontrar soluções, pelo alto ou pelo chão. Na decisão, conseguiu converter terceiras descidas para dez, 15 jardas, na reta final, com o time perdendo... Correu quando precisou, fugiu da pressão. Lembrando: contra a melhor defesa da NFL - que claramente cansou no último quarto, vale ressaltar.
 
Em seu primeiro ano como titular, Mahomes lanou 50 touchdowns e mais de 5 mil jardas. Bateu recordes. Passou muito perto de chegar no Super Bowl. No segundo ano, levou o Kansas City Chiefs ao título, virando os três jogos dos playoffs após perder por pelo menos dez pontos. Até onde esse cara pode chegar? Eu não sei, mas ele caminha pra estar entre os maiores da história.
 
E esse Super Bowl deixou duas lições: a primeira é que há uma diferença fundamental entre o bom quarterback e o gênio, o craque. Jimmy Garoppolo fez um jogo decente, bons lançamentos, comandou bem o time... Mas na hora que precisou de fato dele (último quarto), sumiu. Sabemos que ele é muito bom, porém não dá pra esperar que faça o improvável e vire jogos como esse. Pelo menos por enquanto. Foi o que Mahomes fez. Se não brilhou nos três primeiros quartos, decidiu quando precisou.
 
A outra lição: Patrick Mahomes é o grande astro da NFL e pode ter dado início à nova dinastia da liga. Potencial ele tem de sobra. Depende mais dos Chiefs de manterem sempre um elenco de nível ao lado dele. Mas o fato é que estamos presenciando o surgimento daquele que tem tudo pra ser um dos grandes craques da história da NFL.

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