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30/08/2017 às 14h31min - Atualizada em 30/08/2017 às 14h31min

Final feliz para os servidores municipais... Ao menos por enquanto

Após série de protestos, presidente Junior Garra informa que o projeto não será apresentado no legislativo enquanto não houver reunião do poder executivo com a classe

Kleysykennyson Carneiro e Atila Penha - Jornal In Foco
Fotos: Ricardo Mesquita
Na manhã desta quarta-feira (30) aconteceu mais uma manifestação dos servidores públicos municipais em protesto contra o polêmico projeto de lei que suspende alguns benefícios salariais dos funcionários público do município. A proposta foi entregue à Câmara Municipal na última segunda-feira (28), o que desencadeou uma série de protestos contra o poder executivo local.



 
A manifestação, que aconteceu em frente à Câmara de Vereadores, contou com servidores de várias pastas do município. Visivelmente indignados, os servidores, de forma organizada e pacífica, entraram em comboio na sede do poder legislativo na tentativa de serem ouvidos pelos parlamentares. Aos gritos de “servidor na rua, prefeito a culpa é sua”, os funcionários clamavam por uma solução e um posicionamento por parte do poder público. As atividades em algumas escolas do município foram suspensas por conta da paralisação.


 
Francisco Neto, enfermeiro e representante do sindicato da classe, falou sobre a possiblidade real de haver greve: “Se o governo não retirar essa pauta da casa e não chamar o sindicato para conversar, a greve já se inicia a partir de segunda feira. Sabemos que a greve precisa de um prazo de 72 horas para ser deflagrada e vamos cumprir o trâmite legal do processo. O objetivo dos servidores não é prejudicar a população, vamos agir dentro da legalidade. Tentamos conversar muito com o governo, mas parece que não há diálogo. Então, a partir de agora, ou eles sentam ou a gente para as atividades.”


 
Depois de vários discursos inflamados, os servidores decidiram realizar uma caminhada, passando pela avenida Wayne Cavalcante, em direção a Prefeitura Municipal. Em sua ação, os funcionários empunharam cartazes com os dizeres: "Canaã não tem crise!", "Canaã vai parar, greve!", "Não vamos aceitar cortes!". Todo o ato deixou claro que o servidor não vai aceitar a proposta do executivo.


 
Após a caminhada, os manifestantes se reuniram novamente em frente à Câmara. Foram recebidos pelo presidente da casa, Junior Garra, e alguns outros parlamentares do legislativo local.  Em sua fala, o presidente deixou clara a sua posição em favor dos servidores: “O projeto foi protocolado há dois dias, nós tivemos uma reunião entre todos os legisladores e, por consenso geral, decidimos que não vai haver nem a apresentação do projeto durante a sessão. Nós solicitamos ao executivo que faça uma reunião com as categorias. Todos os vereadores votaram contra a apresentação da proposta. Agora tudo é uma decisão do governo, o projeto continua na casa, mas só vai adiante após reunião com a classe.”


 
Somente após a fala tranquilizadora do presidente, a manifestação teve fim. Alguns servidores afirmaram, no entanto, que caso haja indícios de que o projeto continua em tramitação no legislativo, as manifestações e paralisações voltarão a acontecer.

Logo após o manifesto, a Prefeitura Municipal utilizou as mídias sociais para divulgar nota oficial sobre o polêmico Projeto de Lei:

Nota de esclarecimento

Em função da necessidade de adequação do percentual gasto com a folha de pagamento ao que preconiza a Lei de Responsabilidade Fiscal, a prefeitura de Canaã dos Carajás enviou projeto para apreciação da Câmara Municipal, em que propõe a suspensão temporária de alguns benefícios dos servidores concursados e comissionados do município.

Além do atendimento à legislação, as mudanças são necessárias devido à queda de arrecadação do município com a conclusão do projeto S11D, que ainda não foi recuperada com a arrecadação do CFEM do início da operação do projeto.

A administração precisa da compreensão de toda a população, uma vez que visa seguir honrando o compromisso de pagamento do salário do servidor em dia, além de preservar empregos no momento delicado que vive Canaã dos Carajás e o Brasil.

As medidas são temporárias, com validade até o dia 31 de dezembro, e os benefícios serão retomados, segundo consta no projeto enviado ao Legislativo, a partir de janeiro. A administração compreende as manifestações dos servidores e está aberta a dialogar, tanto que, nesta segunda-feira convidou os sindicatos e associações que representam as categorias para explicar as mudanças.

Ascom - Assessoria de Comunicação

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