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29/08/2017 às 22h24min - Atualizada em 29/08/2017 às 22h24min

Depois de lotarem Câmara Municipal, servidores se reúnem na Prefeitura em protesto

Ainda sem resposta do poder executivo, funcionários públicos fazem pressão e ameaçam greve por conta de cortes nos benefícios

Kleysykennyson Carneiro - Jornal In Foco
Fotos: Ricardo Mesquita
O servidor público municipal não vai ceder ao pacote de cortes proposto pelo governo municipal, dizem representantes de alguns sindicatos da classe. Após o clima quente da reunião na Câmara de Vereadores, a Prefeitura Municipal foi o alvo da vez. Uma reunião foi agendada para as 15 horas na sede do poder executivo, mas a classe queria que os representantes do governo ouvissem todos os servidores de uma vez e não apenas alguns representantes. Segundo informações, o governo sugeriu que uma comissão fosse montada para representar os interesses de todos, a proposta, no entanto, foi recusada e os servidores decidiram montar uma assembleia na manhã desta quarta-feira (30) para debater o assunto.
 
Francisco Neto, enfermeiro e representante do Sindicato dos Enfermeiros do Pará (SENPA), falou sobre a manifestação dos funcionários: “Hoje pela manhã fomos todos pegos de surpresa com um projeto de lei que está na Câmara, ainda em processo de análise pelo jurídico, que retira todos os direitos, gratificações, até o final do ano ninguém vai poder tirar férias, redução de insalubridade, entre outros. O que eles alegam é o contingenciamento de gastos. Mas a lei de responsabilidade fiscal diz que existe vários pré-requisitos a serem cumpridos antes de se afetar o servidor efetivo. Por isso, vários sindicatos estão aqui lutando pelos direitos dos trabalhadores e tentando sensibilizar a gestão de que eles têm que sentar conosco. Eles só nos chamaram aqui porque já mandaram o projeto para a Câmara, os vereadores disseram que eles precisam de uma ata dizendo que já falaram com o sindicato para dar legalidade ao projeto. Eles não querem discutir, querem impor e a gente, nessa imposição, não vai participar da reunião” explicou.


 
Francisco também falou sobre a polêmica em torno da justificativa de que, para não demitir, o reajuste seria necessário: “Quem tem que definir se vai demitir ou não é o prefeito. A lei de responsabilidade fiscal existe para ser cumprida e não para ser alterada. Eles estão querendo alterar a lei, emitindo vários projetos em regime de urgência para tentar se adequar e enxugar a folha. Não se diminui a folha apenas querendo que o servidor efetivo arque com as perdas. Nós já estamos sendo lesados há um ano, queremos negociar, mas a gestão parece não querer. Quanto a demissão, não é o sindicato que decide isso, mas sim a gestão.”
 
O enfermeiro também explicou quais serão os próximos passos do movimento: “Convocamos uma assembleia geral para quarta-feira e, dependendo do que acontecer, a gente vai indicar para o governo que haverá um dia de paralisação e, se não houver conversa, iremos declarar a greve geral.”
 
A equipe do Jornal In Foco procurou a assessoria de comunicação da Prefeitura. De acordo com o secretário da pasta, Marcione Reis, a Prefeitura só se manifestará após reunião efetiva com a classe. Acompanharemos de perto os novos desdobramentos do caso e a qualquer momento traremos novidades sobre o assunto.
 
 
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