VEJA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA:
GRUPO JOVEM DO VASCO
– Eu acabei adquirindo um pouquinho mais de experiência, mas as eu fui para lá e tiveram também jogadores mais jovens do que eu que tiveram mais sequência do que eu no time do Vasco. Creio que eu possa ser denominado desse jeito, mas no time, na brincadeira, é todo mundo novo. Então, os mais velhos pegam no pé da gente do mesmo jeito. Não tem muita diferença não...
– Quando eu voltei, no primeiro dia de treino, eu vi vários amigos meus do Sub-20 aqui. Fiquei muito feliz, porque ver jogadores da base, que brigaram com a gente desde cedo... Então, fico muito feliz e torço para que todos possam conseguir suas metas aqui no profissional. E que possam dar segmento aqui ou em outros clubes.
RELAÇÃO COM OS MAIS EXPERIENTES DO ELENCO
– Hoje (segunda-feira) tem alguns jogadores para cortar o cabelo, o homem (Leandro Castan) falou que os novatos vão ter que cortar o cabelo. Eu consegui escapar, mas por um fio (risos). Mas ele ajuda bastante a gente, não só ele, como os outros jogadores mais velhos. Isso facilita, deixa o clima mais leve para gente fazer o que sabe de melhor.
APRENDIZADOS DA EXPERIÊNCIA NA RÚSSIA
– Morei sozinho lá, mas tive um tradutor do time que me ajudou bastante. Quando tinha que ir ao shopping ou num restaurante, era complicado de falar, usava o Google Tradutor, mas aprendi algumas palavras. Aprendi a forma de trabalhar deles, a forma como eles acham que o futebol tem que ser. Lá é muito diferente daqui, por ser futebol europeu. Lá é muito mais força, mais pegada. Aqui no Brasil é "futebol arte", então a gente sabe se sair bem lá. Agora estou de volta, espero trabalhar aqui, usar aqui tudo que aprendi lá para que esse ano seja maravilhoso para mim e para todos.
RACISMO (PROBLEMA QUE BRASILEIROS ENFRENTAM COM FREQUÊNCIA NA RÚSSIA)
– Lá tem esse histórico, porém eu não domino totalmente a língua. Acredito que eu não tenha passado por isso. Em shoppings e restaurantes, tive alguns olhares diferentes, mas nada diretamente. Teve o caso do Malcom, lá no Zenit... É uma coisa muito chata no futebol, que infelizmente tem muitas pessoas que não evoluíram nesse assunto. Acredito que diretamente, eu não sofri. Se tive, por causa da língua, eu não entendi e tirei de letra. Mas em questão do clube, eu fui super bem recebido, gostei bastante da forma como me trataram. Não tive problema com nenhum jogador, pessoa do clube ou torcedor.
DIFERENÇAS DO FUTEBOL DA RÚSSIA E DO BRASIL
– A forma de trabalhar lá é muito diferente. Lá eu trabalhei cinco sessões de treino por dia. Aqui é bem menor. Então é um trabalho mais pegado, mais de força, preparo. É um pouco diferente a forma de treinar, mas dentro de campo, é um futebol mais duro, um futebol mais exigente. Acredito que isso me ajudou bastante e vai facilitar um pouco a minha performance aqui no Brasil.
PALAVRAS QUE LEMBRA EM RUSSO
– Dá sim (para lembrar de algumas palavras): "Spasibo", que eu falava muito, que é obrigado. "Dobroye utro", que é bom dia. "Dobryy den", que é boa tarde. "Spokoynoy nochi", que é boa noite (risos). Às vezes, vinha um torcedor e perguntava alguma coisa, eu respondia em russo, eles continuavam conversando, aí já complicava mais um pouco, mas a gente tentava dar um jeito no tradutor ou de alguma forma (mais risos).