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06/01/2020 às 17h13min - Atualizada em 06/01/2020 às 17h13min

​Bolsonaro diz que Soleimani 'não era general' e que impacto no preço do petróleo 'não foi grande'

Ataque dos EUA que matou um dos homens fortes do regime iraniano gerou tensão no Oriente Médio. Governo brasileiro fará reuniões para discutir efeitos sobre os combustíveis.

- Jornal In Foco
G1
Foto: Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (6) que a tendência do preço do combustível no Brasil é se estabilizar, mesmo com a tensão no Oriente Médio entre Estados Unidos e Irã.
 
Na noite da quinta-feira (2), um ataque norte-americano nas proximidades do aeroporto de Bagdá, no Iraque, matou o general iraniano Qassem Soleimani. O governo do Irã prometeu retaliação e, em meio à escalada da tensão, o preço do barril do petróleo teve forte alta na semana passada. Irã e Iraque estão entre os maiores produtores do mundo.
 
De acordo com Bolsonaro, os preços caíram desde a alta inicial. Na opinião do presidente, o impacto do ataque no mercado de petróleo não foi grande.
 
Na manhã desta segunda, os contratos futuros do petróleo operavam em alta de mais de 1%. O Brent, referência internacional para o petróleo, chegou a US$ 70 o barril. Na sexta-feira (3), a alta tinha sido de mais de 3%.
 
Bolsonaro deve fazer reunião para discutir impacto da crise EUA x Irã no combustível
 
Bolsonaro também disse que Soleimani "não era general". O governo dos Estados Unidos, ao qual o governo brasileiro é alinhado, chama Soleimani de terrorista.
 
"Reconheço que o preço [dos combustíveis] está alto na bomba. Graças a Deus, pelo que parece, a questão lá dos Estados Unidos e Iraque, do general lá que não é general e perdeu a vida [Soleimani], não houve... O impacto não foi grande. Foi 5% passou para 3,5%. Não sei quanto está hoje a diferença em relação ao dia do ataque. Mas a tendência é estabilizar", afirmou o presidente na saída do Palácio da Alvorada.
O governo tem reuniões ao longo desta segunda para tratar de eventuais impactos da crise sobre o preço dos combustíveis no Brasil. Bolsonaro deve participar de algumas dessas conversas.
 
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Terrorismo

Na sexta-feira (3), após os ataques dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou uma nota em que disse que apoia a "luta contra o flagelo do terrorismo".
 
Bolsonaro disse na saída do palácio que o conteúdo da nota do Itamaraty passou pela avaliação dele e que seu posicionamento, como presidente, não é "muito destoante" do divulgado pelo ministério.
 
"Nós não aceitamos o terrorismo. Não interessa o lugar do mundo em que ele venha a acontecer", afirmou Bolsonaro.
 
O presidente disse ainda que o Brasil vai entregar para o país de origem qualquer terrorista estrangeiro que estiver em território nacional. Ele citou como terroristas o italiano Cesare Battisti e médicos cubanos do programa Mais Médicos.
 
"Se tiver qualquer terrorista no Brasil, a gente entrega. É por aí. Assim como entregamos o Battisti. Entregamos não, o Battisti viu que ia eu ia entregá-lo e fugiu. Assim como os cubanos médicos, entre aspas, saíram antes de eu assumir. Sabiam que eu ia pegar os caras. Um montão de terrorista no meio deles", completou Bolsonaro.
 
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