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13/12/2019 às 09h29min - Atualizada em 13/12/2019 às 09h29min

​Pelo Brexit, Parlamento se reunirá antes do Natal; relação com Europa continuará a ser um tema para o Reino Unido

Veja os próximos passos para o Brexit; Boris Johnson precisa aprovar a saída do bloco antes da data limite de 31 de janeiro; novela da relação com a Europa passará a ser sobre um acordo comercial; Escócia deverá insistir em novo referendo de independência.

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G1
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Com a vitória de Boris Johnson nas eleições de quinta-feira (12), ele provavelmente conseguirá aprovar o Brexit, a saída do bloco econômico, mas o calendário será apertado. É preciso que o Parlamento britânico vote a lei sobre o tema e então o Parlamento Europeu faça o mesmo antes de 31 de janeiro.
 
Veja a trajetória de Boris Johnson

As gafes que marcaram a carreira do conservador

Johnson fez uma campanha que propôs fazer o Brexit de uma vez, mas a relação com os europeus ainda permanecerá um tema importante para os britânicos –será preciso negociar um novo acordo de comércio com a União Europeia, algo que os dirigentes do bloco já sinalizam (veja mais abaixo).
  
Partido de Boris Johnson vence com ampla maioria eleições no Reino Unido
 
O novo governo deverá se reunir no dia 17 de dezembro, e a rainha Elizabeth deverá fazer seu discurso na próxima quinta-feira (19). A expectativa é que o Brexit seja analisado pelo Parlamento em uma semana.

Os parlamentares da Câmara dos Comuns deverão ter uma sessão no sábado antes do Natal (21 de dezembro). A Câmara dos Lordes deverá trabalhar entre o Natal e o Ano Novo.
 
A maioria que Johnson obteve é significativa, e ele não deve enfrentar resistência para conseguir emplacar algumas das medidas do Brexit que os conservadores não conseguiram aprovar até agora, como o período de transição e a situação da Irlanda do Norte.
 
Depois disso, o Parlamento europeu precisará ratificar em duas etapas: em um comitê e depois no plenário. Há duas sessões em janeiro: a primeira acontece em 13 de janeiro, e a segunda terá dois dias de duração, 29 e 30 de janeiro.
 
A relação com a União Europeia pós-Brexit

Johnson tinha assumido o poder em julho deste ano, após a renúncia da antiga primeira-ministra, Theresa May. Até recentemente seu governo foi marcado por derrotas no Parlamento e decisões na Justiça que obrigaram ele voltar atrás.
 
Ele conseguiu chegar a um acordo com a União Europeia sobre os termos da saída do Reino Unido em outubro. O Brexit foi adiado de 31 de outubro para 31 de janeiro e, então, Johnson antecipou as eleições gerais, que só ocorreriam em 2022. Na votação da quinta-feira (12), seu partido obteve 364 dos 650 assentos no Parlamento.
 
A expectativa dos líderes da União Europeia é a de que o governo britânico seja claro em relação ao que quer em sua relação futura relação, após a saída do Reino Unido do bloco.
“Nós estamos prontos. A União Europeia vai negociar para garantir uma cooperação no futuro com o Reino Unido”, afirmou o presidente do Conselho, Charles Michel.
  
Nova Escócia

O Partido Nacional Escocês levou 48 dos 59 assentos que o país tem no Parlamento britânico (ainda falta um a ser apurado). Foi uma melhora de 13 em relação ao que tinha antes da dissolução do Parlamento, em novembro.
 
Com essa melhora de desempenho, eles devem pressionar mais por um novo referendo pela independência escocesa –Boris Johson é contra a ideia de realizar uma votação sobre esse tema.
 
A líder escocesa, Nicola Sturgeon, já afirmou que o país deu "um sinal claro" de sua vontade de realizar um referendo sobre a independência.
 
Em setembro de 2014, a proposta de independência foi derrotada por uma margem de 55,3% a 44,7%.
 
Em seu discurso, Sturgeon, afirmou que a vitória de dos nacionalistas é um "não" ao Brexit no país e disse que a independência da Escócia é um tema para quem vive no país.
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