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05/12/2019 às 09h02min - Atualizada em 05/12/2019 às 09h02min

Megan Rapinoe quer que Messi, CR7 e Ibrahimovic sejam mais ativistas fora de campo

Vencedora da Bola de Ouro Feminina, americana admite que o prêmio é um reconhecimento ao seu talento e também à sua luta contra a discriminação

- Jornal In Foco
Globo Esporte
Megan Rapinoe recebe prêmio de melhor jogadora do mundo — Foto: Reuters
Campeã com a seleção americana na Copa da França, eleita a melhor jogadora do mundo na festa da Fifa, em setembro, e premiada na última segunda-feira com a Bola de Ouro Feminina da France Football, a meia Megan Rapinoe termina 2019 como o grande nome do futebol feminino mundial. E também a grande voz da modalidade.
Conhecida pelo seu talento e também por suas firmes posições na luta contra a discriminação dentro e fora dos gramados, Megan disse, em entrevista à France Football, que gostaria de ver os grandes astros do futebol masculino também engajados no combate às injustiças no esporte. Ela citou especificamente três dos grandes nomes da atualidade:
 
- Eu queria gritar: Cristiano (Ronaldl), Leo (Messi), Zlatan (Ibrahimovic), me ajudem! Essas grandes estrelas não se engajam em nada, quando há tantos problemas no futebol masculino. Eles têm medo de perder alguma coisa? Eles podem pensar assim, mas não é verdade. Quem apagaria a história de Messi ou Cristiano Ronaldo apenas por causa de uma declaração contra o racismo ou o sexismo? - questionou Megan Rapinoe.
 
Em setembro, ao receber o prêmio da Fifa, a jogadora americana lembrou diversos problemas existentes no futebol em seu discurso de agradecimento, e citou dois jogadores que sofreram episódios de racismo nos campos, o inglês Raheem Sterling, do Manchester City, e o senegalês Kalidou Koulibaly, do Napoli, exaltando a maneira como os dois enfrentaram o problema.
 
Na ocasião em que Koulibaly sofreu ofensas racistas em um jogo do Napoli contra a Inter de Milão, na última temporada, Cristiano Ronaldo se manifestou no Instagram, postando uma mensagem contra o racismo e qualquer outra forma de discriminação. Já o controverso Ibrahimovic já disse ter sido vítima de islamofobia, por ser filho de um muçulmano, mas também já declarou, em 2013, que o futebol feminino "não é divertido". Lionel Messi, por sua vez, é notoriamente introvertido sobre qualquer assunto que não diga respeito ao futebol nas quatro linhas.
 
Na entrevista à France Football, Megan Rapinoe reconheceu que seus prêmios individuais se devem tanto ao seu talento quanto ao seu ativismo.
 
- A Bola de Ouro premia as duas coisas. Por um lado, sou uma boa jogadora. Por outro, minha atividade fora de campo ajuda porque as pessoas entendem que eu estou agindo para encontrar soluções para os problemas da nossa sociedade. A ideia é empoderar as outras pessoas para que elas falem mais alto e mais forte - afirmou ela.

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