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19/08/2017 às 15h01min - Atualizada em 19/08/2017 às 15h01min

Alunos da UFPA de Belém visitam projetos de extração mineral em Canaã dos Carajás

Kleysykennyson Carneiro - Jornal In Foco
Fotos: Ricardo Mesquita
Aconteceu na tarde desta sexta-feira (18), no auditório do SINTEPP, um bate-papo proposto pelos alunos do curso de geografia da Universidade Federal do Pará. Entre os convidados, alguns servidores da educação no município, incluindo o secretário André Wilson, e representantes de movimentos e associações locais. Em pauta, os impactos sociais e ambientais nos municípios atingidos pela mineração. Canaã dos Carajás abriga o projeto S11D, o maior do planeta, e sofre diretamente esses impactos debatidos pelos alunos, como o desemprego, a violência e até mesmo os problemas hídricos, advindos da exploração mineral.


 
O grupo de 22 alunos saiu de Belém na quarta-feira (16) e chegou à Parauapebas na quinta-feira (17). Na ocasião, eles puderam visitar a Serra dos Carajás e conhecer de perto o Complexo Minerário de Carajás. No dia seguinte, os alunos vieram a Canaã e visitaram o projeto S11D, onde puderam constatar a grandiosidade da produção mineral local.


 
De acordo com o professor doutor em geografia, Cincinato Marques Junior, as visitas são fundamentais para o curso escolhido pelos alunos: “Eles estão vindo aqui conosco por conta de uma disciplina que nós oferecemos dentro da grade curricular deles que se chama “Trabalho de Campo Integrado.” Nós montamos esse trabalho para que eles conheçam essa realidade que tem aqui e saber que o Pará não se resume à região metropolitana e que existe uma população que vive conflitos que estão muito distantes da realidade deles. Esse trabalho de campo é em uma modalidade de reconhecimento” explicou o doutor.


 
Já a aluna Jéssica, falou sobre a oportunidade da visita e a soma disso para a vida acadêmica de todos: “A geografia trabalha o espaço. Em Belém, não temos a dimensão da vivência em outros locais. Então, a nossa vinda para cá busca ver alguns pontos de vista, entre eles o da Vale e das pessoas que se sentem impactadas pela mineração. A empresa privada tem um discurso, enquanto a população é que vive aquilo. Quem está de fora não tem total atendimento desse projeto.” Jéssica ainda disse acreditar que o modelo atual de exploração do minério não ajuda tanto no desenvolvimento da região: “A cidade sofre muitos impactos negativos. O objetivo deveria ser desenvolver o lugar, mas isso não acontece.”


 
O encontro se estendeu por boa parte da tarde. A princípio, uma palestra com os professores Giovane e Cincinato. Ao fim, uma roda de debates foi realizada e diversas ideias e visões de alunos e educadores foram debatidas.
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