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29/10/2019 às 15h37min - Atualizada em 29/10/2019 às 15h37min

​'Um milhão de armas tá pouco', diz Mourão sobre aumento de registros

Políticas implementadas desde o começo do governo de Jair Bolsonaro têm provocado um aumento na quantidade de armas de fogo no País

- Jornal In Foco
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Reprodução: Internet
O presidente em exercício Hamilton Mourão comentou nesta terça-feira a marca de mais de um milhão de armas com registros ativos expedidos pela Polícia Federal, como revelou o jornal O Globo . Para ele, a quantidade é pequena diante da população brasileira – hoje estimada em aproximadamente 210 milhões de pessoas.
 
"Questão de arma é questão de livre arbítrio das pessoas, desde que elas se enquadrem no que prevê a legislação. Nós temos 220 milhões de habitantes, um milhão de armas tá pouco. Tem que ter mais", declarou Mourão, na saída do seu gabinete no Palácio do Planalto para almoçar, completando: "Fora as que estão nas mãos dos bandidos e não estão contadas, né?"

A reportagem apontou que políticas implementadas pelo governo federal têm provocado um aumento na quantidade de armas de fogo no país. De acordo com dados da PF, 36.009 novos armamentos foram registrados entre janeiro e agosto deste ano, dos quais 52% ocorreram nos últimos três meses desse período, após o presidente Jair Bolsonaro editar uma sequência de decretos sobre o tema.
 
Em setembro, o total de registros ativos de armas no país expedidos pela PF já havia ultrapassado a marca de um milhão, ante os 678.309 de dezembro do ano passado.

Levando-se em consideração a média mensal de registros, 2019 pode se tornar o ano com maior número de novas armas em circulação desde o início da série histórica, em 1997. Em 2018, o patamar de 36 mil novas armas só foi alcançado em outubro. O volume notificado pela PF até agosto de 2019 já é maior do que a média anual considerando o período de 2008 até o ano passado: 34.412.

A disseminação da presença das armas de fogo no país também é apontada no incremento de 49% dos registros ativos concedidos pela PF entre dezembro do ano passado e setembro deste ano, quando o número bateu a marca recorde de 1.013.139. O crescimento não é explicado apenas pelos novos armamentos, mas também por registros expirados que foram reativados. 
 
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