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13/08/2017 às 00h03min - Atualizada em 13/08/2017 às 00h03min

Injustiças a parte, ser pai é alvorecer para a vida

As homenagens às mães são mais do que merecidas, mas para ser bem justo os pais merecem também textões, homenagens nas timelines, presentes caros e amor.

Kleysykennyson Carneiro - Jornal In Foco
Começar certos textos dá muito trabalho e esse está dando mais trabalho do que o esperado inicialmente. Talvez pelo fato de que fazer uma homenagem para o dia dos pais se tornou tarefa das mais difíceis, já que não é mais sobre falar apenas para o meu pai, ou para o pai dos outros, mas sim falar também para mim. Talvez tenha vindo daí a ideia do “alvorecer para a vida”, já que foi essa a impressão que tive quando Maria e Raul vieram ao mundo. A ideia inicial é que fizéssemos um texto jornalístico para a data, mas admito que as palavras saídas daqui são mais pessoais do que o combinado. Como ser jornalístico e imparcial quando se fala da subjetividade do amor? Achei melhor ir rabiscando o papel, ver no que dá e torcer para que as palavras saiam da maneira correta.

 
Aelson Carneiro, filhas e esposa     

Comemorar o dia das mães é justíssimo. Essa é, inclusive, a segunda data comercial mais rentável do ano. A felicidade e a gratidão pelas mulheres responsáveis pelo dom da vida ficam estampadas, em maio, nas timelines eternas do Facebook e Instagram; é bonito de se ver. Já quando o caso é agosto, o mês dos pais, as homenagens existem, mas não são, nem de longe, feitas com a mesma intensidade. O porquê? Não sei! E ficar falando sobre isso é cair quase no clichê, portanto essa reflexão acaba aqui nesse parágrafo. E fica a tarefa para cada leitor: elaborar um textão em homenagem ao seu pai e postar em todas as suas redes sociais, só para ser justo, tá?
 
Injustiças a parte, ser pai é alvorecer, de fato, para a vida. É cair na real que as fraldas são caras, precisam ser trocadas e isso não é tarefa apenas para a mãe. Um pai, de verdade, aprende, para poder ensinar depois, o tempo certo para cada coisa. Os medos passam a ser outros, as certezas e as incertezas também. A paternidade é o renascer do homem na busca pelo encontro de si mesmo, é a trilha do ser pelo caminho até a sua própria identidade, é o desembocar suas águas em mares mais profundos. Quem é pai não se perde nunca mais.

 

Mayko e Maria Clara                                                                                    
 
Um pai sempre segue em frente e jamais se conforma com as derrotas que, vez por outra, a vida traz. Quem entra nessa batalha, só sacode a poeira dos ombros e recomeça a jornada outra vez sempre que for necessário. A vida não para jamais. Só quem tem em si a tarefa desse ofício sabe do sentimento ambíguo de desejar que o filho cresça para se tornar os sonhos e, ao mesmo tempo, lamentar o curso inexorável do tempo. Os filhos vão crescendo e esse ciclo é imparável.

Já não dá mais para aceitar o conceito arcaico da paternidade, que pregava uma participação menor do homem na criação dos filhos. Há, até, o “Padrão Rodrigo Hilbert” de qualidade, mas quem já é pai de verdade há muitos anos, sabe que independente de modas ou padrões, os filhos precisam do amor paterno, tanto quanto do materno.



Secretário Jurandir e seus filhos


Homenagens
 
A estudante Yankara Monteiro falou um pouco sobre o seu pai, Francisco Rocky-Iane Monteiro: “Não existe pai mais perfeito, nem homem mais exemplar e admirável que ele. Feliz dia dos pais, amo você!


Yankara e seu pai Francisco
 
Já o microempresário Pablo Carneiro, é mais despojado na homenagem ao seu pai Ailson: “Nesse dia tão especial, eu só quero dizer que o ‘Ailsão’ é um verdadeiro mito. Te admiro e sou seu fã até o fim. Te amo, pai!”


 
O jornalista Maurício Motta falou um pouco sobre o oficio da paternidade: “Ser pai é algo especial. É inexplicável a responsabilidade de ser o provedor do futuro de alguém, cuidar, ensinar, proteger. Quando meu filho nasceu, a emoção e a adrenalina tomaram conta de mim, não consegui conter o pranto. Ser pai, é tentar ser o melhor todos os dias, para que meu filho tenha sempre o melhor também.”


Maurício e Marco Antonio 
 
Mario Sérgio é pai da Deise, que acabou de fazer 18 anos. Ele falou um pouco sobre essa emoção: “É a satisfação pelo dever cumprido de saber que conseguimos, na escalada da vida, ver a Deise já criada, mesmo depois de tantas dificuldades e lutas para chegar até aqui. A nossa criança hoje está com 18 anos, tornando-se independente, começando a ser dona das suas próprias decisões, mas para tudo isso teve um preço e a sensação é essa: a de dever cumprido.”


Deise e Mario Sérgio
 
E se ter um pai é bom, imagina dois? A estudante Iana Araújo explicou que, além do pai biológico, tem o senhor Antônio Araújo, que dedicou os seus anos na sua criação e dos seus irmãos. O amor pelos dois, segundo Iana, é o mesmo. O senhor Antônio, mesmo nervoso, falou um pouco sobre a missão de ser pai: “Para mim, foi um prazer e satisfação criar todos os meus filhos. Apesar de não serem legítimos, eu os criei como se fossem e sou muito grato a Deus por tê-los ao meu lado. Hoje já estão criados, não me dão trabalho e eu os amo muito. Quero desejar a todos os pais de Canaã um feliz dia!”

 

Iana, Antonio Araújo e a pequena Júlia

Devo discordar do senhor Antônio em sua fala: todos eles são seus filhos legítimos, sim! Mais do que laços de sangue, a paternidade se faz com laços de amor e isso o senhor tem de sobra, senhor Antônio.
 
O proprietário do Jornal In Foco, Ricardo Mesquita, explicou em algumas palavras a emoção de ser pai do João: “É uma coisa maravilhosa. Quando eu tive a notícia de que me tornaria pai fiquei um pouco assustado, mas um amigo me disse certa vez que a paternidade era uma dádiva de Deus e, como o João chegaria em breve, disse que Deus me abençoaria muito e, de fato, o ano em que o João nasceu foi maravilhoso. Eu só tenho mesmo é de ser grato ao Senhor pelas bênçãos que Ele me proporcionou. Mas ser pai não é só isso: o pai precisa ser responsável, estar junto aos filhos, muito presente em qualquer situação do cotidiano. O dia dos pais, por tudo isso na minha vida, é fantástico.”


Ricardo Mesquita e João Gabriel


Pai de Ricardo Mesquita, mãe e afilhada

 
E eu? Bom, tenho desejado há mais de 20 anos um feliz dia dos pais ao homem mais incrível que conheço, o senhor Aeston Carneiro. Esse ano não podia ser diferente. Agosto após agosto, a minha gratidão se renova e o amor também. Acho que o amor de pai é do tipo que só aumenta com o passar dos anos e o meu é um infinito que só se expande. Criar 4 filhos não é uma tarefa das mais fáceis, e o meu pai a fez com total propriedade. Graças a essa criação exemplar e carinhos eternos, eu tento ser o melhor a cada dia para a Maria e para o Raul.


Kleysykennyson Carneiro e Aeston Carneiro

 
Esse ano, pela primeira vez, pude ouvir os meus filhos cantando uma música em homenagem a esse dia que, já há cinco anos, também é o meu. Não contive as lágrimas e a alegria em mim foi feito o sol que chega manhã após manhã. Há cinco anos alvoreci para a vida e entendi o que é verdadeiro amor.


Maria e Raul
 
E eu, que sempre tive medo de me encontrar, entendi que nunca mais vou me perder, pois agora sei que já não falta mais nada.


Confira todas as fotos na nossa galeria.
 
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