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11/08/2017 às 21h57min - Atualizada em 11/08/2017 às 21h57min

Agência Canaã promove seminário sobre a revitalização do Rio Parauapebas

Em pauta, um debate sobre os problemas e soluções para a bacia hidrográfica do rio

Kleysykennyson Carneiro - Jornal In Foco
Fotos: Ricardo Mesquita
No início da tarde desta sexta-feira (11), aconteceu na Agência Canaã um seminário para discutir a importância da revitalização da bacia hidrográfica do Rio Parauapebas, que vem sentindo os efeitos negativos da ação do homem em sua extensão. O debate reuniu especialistas no assunto, entre eles o secretário de meio ambiente de Parauapebas, Dion Leno Alves, que falou um pouco sobre a sua experiência à frente do órgão e as ações que vêm sendo tomadas no intento de preservar o rio. O evento também contou com a participação de membros do Instituto Chico Mendes, alunos e professores da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), além de algumas autoridades locais, como o vereador Gesiel Ribeiro e o secretário de desenvolvimento econômico, Jurandir José.


 
A professora Daiane, da UFRA, falou sobre o problema da exploração de areia ao longo do rio e explicou que a atividade, apesar de legal, pode trazer graves impactos para o volume de águas na sua extensão. Não é segredo para ninguém que a atividade humana tem destruído as margens dos rios com o passar dos anos, isso provoca o assoreamento e, por subsequência, o desaparecimento gradual das águas.


 
A professora alertou para os problemas causados pela má conservação do solo, o que pode interferir negativamente nas bacias. Ela sugeriu ainda que um incentivo fiscal fosse dado aos agricultores para recuperação e preservação das nascentes que passarem nas suas terras. De acordo com a especialista, a ideia da diminuição da carga tributária já foi aplicada em outros estados e essa noção se espalharia entre os produtores, o que poderia trazer muitos efeitos positivos ao longo do tempo.
 


O geólogo Jardel, funcionário da Secretaria de Meio Ambiente em Canaã dos Carajás, falou sobre as ações da pasta para fiscalizar os problemas locais. Na ocasião, a atenção de todos foi chamada para o fato de que Canaã já possui um bom número de poços artesianos cavados e que a vazão da água se encontra menor do que o seu consumo, o que pode trazer problemas ao município, caso medias não sejam tomadas.
 
Manuel Bizerra, chefe do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, concedeu entrevista à nossa reportagem: “O Rio Parauapebas é um dos maiores mananciais de água que nós temos. São várias atividades que impactam diretamente o rio, por isso não dá para gente penalizar somente uma. Entre elas, a agricultura, a pecuária, a mineração... Todas essas atividades formam um conjunto de coisas que impactam diretamente na vida do rio. Dentro das unidades de conservação, o rio sofre um alívio. Um dos principais objetivos da criação do parque era manter a conservação dessas nascentes, igarapés, para a manutenção do rio. Canaã está de parabéns, pois tem um comitê de educação ambiental que discute os problemas, que propõe soluções e acompanha a execução de algumas ações. Isso é muito importante” concluiu.
 
O seminário foi conduzido pela mestre em prática de desenvolvimento sustentável e gestão ambiental em bacias hidrográficas, Cláudia Barbosa. Durante a sua fala, a especialista citou o exemplo da cidade do Rio de Janeiro que enfrenta problemas no abastecimento de água por não ter rios próximo à região metropolitana. O evento se estendeu por boa parte da tarde, os participantes se dividiram em grupos para debater os problemas e procurar soluções, em conjunto, para os atuais problemas da bacia. Ao fim, um coquetel foi servido aos presentes.


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