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09/08/2019 às 14h52min - Atualizada em 09/08/2019 às 14h52min

Após aval dos EUA, Eduardo Bolsonaro se reúne com chanceler Ernesto Araújo

Encontro ocorreu no Itamaraty, em Brasília. Presidente Jair Bolsonaro ainda precisa formalizar indicação do filho ao Senado, que terá de aprovar o nome do deputado para embaixada.

- Jornal In Foco
G1
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante viagem aos Estados Unidos em novembro do ano passado — Foto: Paola de Orte/Agência Brasil
Após o governo dos Estados Unidos formalizar o aval para a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como embaixador do Brasil em Washington, o parlamentar, filho do presidente Jair Bolsonaro, se reuniu nesta sexta-feira (9) com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
 
O encontro ocorreu no Palácio Itamaraty, sede do ministério em Brasília, e, segundo a assessoria da pasta, durou cerca de 40 minutos. Eduardo e o ministro não concederam entrevista após a reunião.
 
O Ministério das Relações Exteriores recebeu na noite de quinta-feira (8) a resposta oficial dos EUA ao pedido de "agrément" enviado pelo governo brasileiro. "Agrément" é uma consulta que se faz ao país onde o embaixador será nomeado.
 
Agora, o presidente da República precisa enviar a indicação do filho como embaixador para o Senado. Bolsonaro afirmou mais cedo que não tem pressa para formalizar a indicação, o que poderá ocorrer na segunda (12) ou terça-feira (13).
 
Para assumir o posto em Washington, considerado o mais importante da diplomacia brasileira no exterior, Eduardo precisará renunciar ao mandato de deputado federal e será sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. A palavra final caberá ao plenário da Casa, em uma votação secreta.
 
Para ter o nome aprovado, Eduardo Bolsonaro precisará obter a maioria simples dos votos em plenário.
 
 
Bolsonaro tem destacado que confia na aprovação do filho na sabatina e na votação em plenário. Nesta sexta, o presidente disse que, se o filho não tiver bom desempenho na sabatina, será reprovado.
 
Eduardo completou neste anos 35 anos, idade mínima para ser embaixador. Em defesa do filho, Bolsonaro tem dito que ele fala inglês e espanhol e tem apontado que, entre as vantagens da indicação do filho para o posto de embaixador, está a boa relação de Eduardo com familiares do presidente norte-americano Donald Trump.
 
O próprio Trump já elogiou a escolha de Eduardo como embaixador. "Conheço o filho dele [Jair Bolsonaro], e eu considero que o filho dele é extraordinário, um jovem brilhante, incrível, estou muito feliz pela indicação", disse Trump em julho.
 
Bolsonaro também tem destacado que pretende, com auxílio do filho, aprofundar laços comerciais com os EUA. Os dois governos já anunciaram a intenção de negociar um acordo de livre comércio.
 
'Orgulho'
Em nota divulgada após o encontro com Ernesto Araújo, o deputado Eduardo Bolsonaro disse ter recebido o aval dos Estados Univos com "alegria" e "orgulho".
 
Segundo o filho do presidente Jair Bolsonaro, o aval confirma o apoio e a confiança expressas pelo presidente norte-americano na capacidade dele, Eduardo, de ser um representante do Brasil.
 
 
Leia a íntegra da nota:
 
NOTA A IMPRENSA
 
Recebi com grande alegria a notícia da concessão, pelo governo norte-americano, do “agrément” para minha designação como Embaixador do Brasil nos Estados Unidos da América.
 
O instituto do “agrément” foi criado para que um país possa examinar o nome do representante estrangeiro antes de sua indicação formal, de modo a evitar constrangimentos desnecessários e assegurar que o nome cogitado tem a acolhida necessária junto ao governo local.
 
O sinal verde dos Estados Unidos da Américas, portanto, é motivo de orgulho para mim, ao confirmar o apoio e a confiança já expressas de viva voz pelo Presidente Donald Trump na minha capacidade de ser um representante do Brasil à altura do desafio de construir uma nova relação bilateral. Um sentido verdadeiramente estratégico, para assim aprofundar a cooperação e promover a segurança, a prosperidade e o bem-estar de brasileiros e norte-americanos.
 
Meu sentimento, além de alegria e orgulho, é também de humildade. Caberá ao Senado Federal dar a palavra final e, se meu nome for aprovado, haverá um intenso e árduo trabalho a ser realizado. Tenho consciência de que meu êxito dependerá, sobretudo, da colaboração e do diálogo estreito com o legislativo, os diversos ministérios e as forças vivas da sociedade, notoriamente a comunidade brasileira nos Estados Unidos da América.
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