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19/06/2019 às 15h30min - Atualizada em 19/06/2019 às 15h30min

Moro diz não ter nada a esconder e que mensagens podem ter sido alteradas

Ministro da Justiça falou em comissão do Senado sobre conversas atribuídas a ele e procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Moro citou pedidos feitos pelo MP que foram negados por ele, quando era juiz, para argumentar que não houve conluio.

- Jornal In Foco
G1
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O ministro da Justiça, Sérgio Moro, disse nesta quarta-feira (19), em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que não tem nada a esconder sobre as conversas atribuídas a ele e procuradores da Operação Lava Jato. Moro afirmou que as mensagens que têm sido divulgadas "podem ter sido alteradas" e defendeu que o conteúdo seja submetido a uma "autoridade independente".
 
Moro foi à comissão dar explicações sobre as supostas mensagens, que começaram a ser divulgadas pelo site The Intercept no dia 9 deste mês. Os diálogos teriam ocorrido por meio do aplicativo de mensagens Telgeram, na época em que Moro era o juiz responsável por processos da Lava Jato no Paraná. De acordo com The Intercept, os dados mostram que Moro orientou a atuação de integrantes da força-tarefa da operação.
 
"Evidentemente não tem nada que esconder, a ideia foi vir aqui espontaneamente a esclarecer muito em torno desse sensacionalismo que está sendo criado em cima dessas notícias", disse Moro.
 
'Não existe conluio'
 
O ministro citou na CCJ um balanço de pedidos feitos pelo Ministério Público e que foram negados por ele, para argumentar que não houve conluio com procuradores.
 
"Foram mais ou menos 90 denúncias apresentadas pelo Ministério Público. Dessas 90 denúncias, 45 ações foram sentenciadas. O Ministério Público recorreu de 44 dessas 45 sentenças. Se falou muito em conluio. Aqui é um indicativo claro que não existe conluio nenhum, inclusive divergência."
 
Segundo Moro, foram 291 acusados e 211 condenados, o que significa 21% de absolvições. "Também [é] o indicativo de que não há qualquer espécie de convergência absoluta entre o Ministério Público e o juiz, entre a polícia e o Ministério Público", afirmou.
 
"Tem aqui um dado levantado pela minha equipe sobre prisões cautelares que, às vezes, é uma questão que chama mais atenção. 298 requerimentos de prisões cautelares, sejam preventivos, temporários. Houve 207 deferimentos e 91 indeferimentos", completou o ministro.
 
 
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