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24/07/2017 às 10h45min - Atualizada em 24/07/2017 às 10h45min

Depoimentos sobre depredação em fazenda devem começar nesta segunda

DOL - Diário Online

Pessoas que acompanharam e mesmo participaram do conflito entre seguranças e um grupo que invandiu e destruiu parte da fazenda Mutamba, zona rural de Marabá, sudeste paraense, devem começar a ser ouvidas nesta segunda-feira (24) pelo delegado Alexandre Silva, da Delegacia de Conflitos Agrários (Deca).

Segundo a Polícia Civil, já houve um levantamento preliminar dos danos na fazenda, onde se constatou que acomodações, veículos, pasto, vegetação e parte da estrutura do alojamento foram destruídos pelo incêndio provocado pelo grupo que invadiu o local.

Até o momento, a principal hipótese é que o ataque seja uma retaliação contra a determinação de reintegração de posse da fazenda, marcada por uma série de conflitos e invasões nos últimos anos.

No último dia 16 de maio, uma ação de reintegração de posse para a Mutamba foi expedida pelo juiz titular da Vara Agrária de Marabá, Amarildo José Mazuti, e foi executada por equipes da Polícia Militar. Na ocasião, pelo menos 8 fazendas receberam autorização de reintegração de posse nas regiões sul e sudeste do Pará.

Suspeitos

Nenhum suspeito ainda foi identificado. A Polícia trabalha com a hipótese de que o ataque tenha sido feito por pessoas que fazem parte ou estavam infiltradas no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
 

DISPUTA POR TERRAS

- De acordo com o juiz da Vara Agrária de Marabá,  Amarildo José Mazutti, existem aproximadamente  40 processos de desocupação de terra para a região, sendo 10 já desocupadas às proximidades de Marabá.

- Segundo informações da Comissão Pastoral da Terra  (CPT), em praticamente todos os municípios do  Estado existem um ou dois casos de conflitos por terra. Outras situações gravíssimas ocorrem no município de São Félix do Xingu, nos complexo Divino Pai Eterno e  Santa Terezinha. 

- Em Marabá, além da Cedro, existem ocorrências  na Fazenda Mutamba. Na região de Carajás, existe uma tensão grave na Fazenda Santa Clara, no município  de Parauapebas, e em terras adquiridas pela Vale no município de Canaã, e na Fazenda Fazendinha. 


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