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25/03/2019 às 10h01min - Atualizada em 25/03/2019 às 10h01min

Decisão de cremar corpos por falta de vagas em cemitério causa polêmica em Araguaína

Vereadores cobram alternativa para manter sepultamentos. Prefeitura afirma que o único jeito de 'dar fim' aos corpos é com a cremação.

- Jornal In Foco
G1
Com cemitério lotado, prefeitura de Araguaína oferece cremação — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A notícia de que o cemitério público de Araguaína, norte do Tocantins, não vai mais enterrar corpos tem causado polêmica na cidade. O problema começou devido à falta de espaço para novos sepultamentos. A prefeitura decidiu que vai oferecer a cremação como única opção para quem não tiver condição de enterrar o parente em um cemitério particular e solicitar o auxílio-enterro.
 
"É difícil. Não acho uma boa solução, não", disse a atendente Lucilene Gonçalves. "Eu acho estranho cremar alguém que foi um parente da gente, da família. No meu ponto de vista eu não acharia bom não", afirmou o auxiliar de motorista Kayque Lopes.
 
Segundo a Fundação de Atividade Municipal (Funamc), o Cemitério São Lázaro está superlotado. Com 60 anos de existência, a estimativa é de que atualmente existam cerca de 40 mil corpos sepultados no local. No Jardim das Paineiras, os 300 jazigos públicos também foram ocupados.
 
"Mediante esse cemitério ter implantado o crematório. A única alternativa nossa foi ofertar a cremação para a população", explicou a presidente da Funamc, Núbia Marinho.
 
A falta de espaço tem gerado o aumento pela procura de cemitérios não regularizados. Pelo menos três são considerados pela prefeitura como clandestinos. O assunto chegou a ser discutido na câmara de vereadores da cidade esta semana.
 
Os vereadores querem mais explicações do município. "Nós convidamos o executivo para poder esclarecer e buscar uma saída para resolver essa questão. Desde que tenha cremação, mas também de as condições para enterrar porque tem muitas famílias que não querem cremar e outras que por uma situação de religião não aceita", afirmou o vereador Geraldo Silva (MDB).
 
Mesmo assim a prefeitura diz que vai manter a cremação como única alternativa sem uma previsão para resolver o problema de forma definitiva. "Nós não podemos deixar um corpo ao relento. Temos que dar um fim a ele. Infelizmente, o fim que o município está podendo ofertar à população é a cremação", afirma Núbia Marinho.
 
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