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25/01/2019 às 18h16min - Atualizada em 25/01/2019 às 18h16min

Mais de 3.600 estudantes são aprovados no processo seletivo da Uepa em 2019

- Jornal In Foco
Agência Pará
Louise Emanuelle Lourinho de Castro de Canaã dos Carajás agora é caloura em Tecnologia de Alimentos
 
Em meio a batucadas, cores e brilhos, ficaram conhecidos os 3.650 aprovados no Processo Seletivo (Prosel) 2019 da Universidade do Estado do Pará (Uepa), na manhã desta sexta (25). No pátio da Reitoria, candidatos, pais, amigos e professores aguardavam ansiosos, junto às emissoras de rádio que fazem a leitura dos nomes.

Tatiane Batalha Palmeira não conseguia conter as lágrimas antes mesmo de saber o resultado do filho, que ficou em casa. “É um momento muito especial que mostra tudo o que eles estudaram. Eu fico recordando o ano de 2003, quando eu estava aqui esperando o meu nome. Mas com os filhos a emoção é em dobro, a gente tem as projeções neles”, lembrou.  

Ao mesmo tempo em que os envelopes lacrados eram trazidos escadarias abaixo para as rádios, o listão era afixado nos painéis. Não demorou para se ouvirem gritos e choros. O de Tatiane era um deles. O filho Pedro Lucas Batalha Marcelino foi aprovado no curso de Biomedicina.

Renan Macedo também conseguiu a aprovação em Licenciatura em Matemática depois de estudar por dois anos. O primeiro trote de comemoração que recebeu foi dado pessoalmente pelo reitor Rubens Cardoso, que coloriu de azul e vermelho o cabelo do calouro. “Além da grande felicidade de ter passado, ainda festejei com o reitor. Me senti único, porque ele é o cara”, exaltou.

Edivaldo Macedo, pai de Renan, contou  que o filho merece muito essa aprovação, pois abdicou de vários momentos de lazer para se preparar para o vestibular. “Ele estudou bastante e valeu a pena todo o esforço e dedicação. Agora é só comemorar e colher os frutos. Estou muito orgulhoso e feliz pelo meu filho”, disse.

Wagner Vilhena, aluno do Cursinho Alternativo da Uepa e do Colégio Paes de Carvalho, estava apreensivo com o resultado e confessa que não esperava a aprovação. “Estou me sentindo maravilhado por ter passado em Matemática. Quando vi o meu nome no listão senti alegria, medo, senti tanta emoção”, conta o mais novo calouro. “Minha irmã também já foi aluna de Matemática aqui na Uepa, estou seguindo os passos da família. Agora espero voltar ao Cursinho como professor”, celebra a realização.

Quem participou da aprovação do calouro Wagner foi a Letícia Gomes, aluna do curso de Licenciatura Plena em Geografia da Uepa, diretora e professora do Cursinho Alternativo, que se emocionou ao ver os frutos da dedicação nas salas de aula. “Acho que estou mais feliz do que quando eu passei no vestibular. É uma grande realização pra mim como professora, pois vejo que o meu trabalho está refletindo em aprovações. Isso não tem preço”, contou.

Teve também quem chorasse de tristeza, mas sem pensar em desistir. Gilmara de Sousa acompanhava a filha Amanda Gabriela Sousa, que não entrou para o curso de Terapia Ocupacional. “É a primeira vez dela, que tem 17 anos. Ela é estudiosa, se deu muito bem em redação. Mas não vai desistir, tem todo o meu apoio”, encorajou a mãe. Amanda mal conseguia falar. “É difícil porque estudei o ano todo. Mas não perdi a esperança”, completou.

As chances para Amanda não acabam mesmo por aqui. Segundo a pró-reitora de Graduação, Ana da Conceição Oliveira, logo depois das matrículas deve sair a primeira chamada subsequente, também conhecida como repescagem. “O candidato que não tiver o nome contemplado na lista deve continuar consultando o site da Universidade, porque o período de matrícula é rápido. Ele precisa ficar atento porque logo em seguida faremos outro processamento”, explicou.

A matrícula ocorrerá entre os dias 29 de janeiro e 1º de fevereiro, presencialmente, no campus para o qual o candidato foi selecionado. Devem ser apresentadas original e cópia da documentação exigida no edital 01/2019 de matrícula. Aqueles que não efetivarem a matrícula no prazo estabelecido perderão o direito à vaga.

Números - O reitor Rubens Cardoso e os pró-reitores atenderam a imprensa em entrevista coletiva antes da divulgação do listão. Eles anunciaram também os nomes dos três primeiros colocados respectivamente: Fabio Leite do Amaral Junior; Arthur Luiz Freitas Forte; e Matheus Antonio Rosa. Todos são do curso de Medicina, em Belém.

Este ano, a Uepa recebeu 86.040 inscrições de candidatos oriundos de 143 municípios - apenas Brejo Grande do Araguaia não foi declarado como domicílio. Destes, 114 tiveram candidatos aprovados. Mais de 70% dos inscritos concluíram o Ensino Médio em escolas públicas e cerca de 73 mil candidatos foram isentos de taxas de inscrição. Isso também se refletiu nos aprovados, que foram 64% da rede pública. “Isso é muito bom, porque além de interiorizar o Ensino Superior, a Uepa dá mais espaço e abriga cada dia mais os alunos egressos de escolas públicas”, certificou o reitor.

Seis cidades receberam novos cursos: Saúde Coletiva, em Belém; Enfermagem, em Altamira; Fisioterapia, em Tucuruí; Música, em Marabá; Pedagogia em Barcarena; e Engenharia Florestal e Engenharia Ambiental, em Castanhal.  

“Põe a vitrola pra tocar” - A Marchinha do Vestibular, composta por Pinduca, é tradição paraense nas comemorações dos aprovados. Escutar o nome no rádio também faz parte.

A locutora  Gisa Smith tem uma relação especial com o listão há 10 anos. Ao ver a alegria dos aprovados tantas vezes, também sonhava em fazer o Prosel. No último processo, ela fez cursinho e foi aprovada no curso de Bacharelado em Secretariado Executivo Trilíngue. “A cobertura do vestibular me fez voltar a estudar. Eu não tinha o curso superior ainda e toda vez que eu via as comemorações eu pensava que um dia eu poderia ter essa felicidade. Ano passado, quando abri o listão e vi meu nome chorei tanto que não consegui ler o meu curso, foi o meu colega”, lembrou.

Ela acredita que embora as pessoas procurem as plataformas digitais para acessar o listão, a emoção de ouvir a narração da vitória é maravilhosa. “As pessoas vão na rádio pedir a gravação para colocar na festa de formatura, então é importante manter essa tradição que é só do Pará”, afirmou.
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