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10/01/2019 às 15h34min - Atualizada em 10/01/2019 às 15h34min

OEA aprova declaração que não reconhece legitimidade do novo mandato de Maduro na Venezuela

Aprovação aconteceu logo após Maduro tomar posse de um segundo mandato presidencial na Venezuela.

- Jornal In Foco
G1
Nicolás Maduro recebe faixa presidencial durante cerimônia de posse como presidente da Venezuela — Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters
A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quinta-feira (10) uma declaração que não reconhece a legitimidade do novo mandato de Nicolás Maduro na Venezuela.
 
A aprovação aconteceu logo após Maduro tomar posse de um segundo mandato presidencial.
 
A resolução foi aprovada com 19 votos a favor, 6 contrários, 8 abstenções e 1 ausência. Entre os países que votaram a favor estão Argentina, Estados Unidos, Colômbia, Chile, Equador, Canadá e Brasil. Venezuela, Nicarágua, Bolívia e alguns países caribenhos votaram contra, e entre os países que se abstiveram está o México.
 
A medida é um chamado à "realização de novas eleições presidenciais com todas as garantias necessárias para um processo livre, justo, transparente e legítimo", afirma o texto.
 
A sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA foi solicitada pelas missões da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Guatemala, Paraguai e Peru.
 
A Assembleia Geral da OEA é composta pelas delegações de todos os Estados membros ativos, que atualmente são 34. Cuba não participa.
 
Eleição contestada
Maduro foi reeleito em maio do ano passado, com quase 70% dos votos, em eleição que foi boicotada pela oposição, teve alta abstenção e denúncias de fraude.
 
A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) se recusou a participar do pleito por considerar o processo uma "fraude" para perpetuar Maduro no poder. Os dois maiores rivais de oposição já estavam impedidos de concorrer: Leopoldo Lopez está preso e Henrique Capriles foi impedido de se candidatar a qualquer cargo por um período de 15 anos.
 
Cerca de 20,5 milhões de eleitores estavam registrados para votar, mas o comparecimento foi de 46% do eleitorado e um total de 8,6 milhões de votos. Foi uma das porcentagens de participação mais baixa da história venezuelana.
 
Crise
A Venezuela está mergulhada em uma grave crise política e econômica que obrigou 2,3 milhões de pessoas a deixá-lo desde 2015, segundo a ONU.
 
A crise na Venezuela causou escassez de alimentos e medicamentos e, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação em 2019 atingirá 10.000.000%.
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