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28/11/2018 às 18h01min - Atualizada em 28/11/2018 às 18h01min

Movimento “Fora Celpa” ganha ainda mais força e manifestantes protestam contra a concessionária

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Carajás O Jornal
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Centenas de pessoas voltaram a protestar contra a Celpa – Centrais Elétricas do Pará, na manhã desta terça-feira (27), na Câmara Municipal de Parauapebas. O motivo da manifestação é os altos valores cobrados pela concessionária na conta de energia, que em alguns estabelecimentos, chega a mais de R$8 mil.

O grupo deu início logo pela manhã em frente à sede da concessionária, em seguida se reuniram no plenário da câmara municipal, onde gritavam as palavras de ondem: “Não é mole não; dormir com fome para pagar a iluminação”, durante quase toda a sessão.

A aposentada Maria Oneide, de 56 anos, tem um pequeno bar que funciona em sua própria residência. Ela disse que mesmo tendo apenas um freezer, uma geladeira, televisão e ventilador, não se surpreende mais com as contas de quase R$ 400.

No ano passado ela foi surpreendida com uma conta de mais de R$ 8 mil. Ela contou à nossa reportagem que por várias vezes a Celpa deixou de realizar a leitura de seu medidor e a mesma tinha que tirar a fatura em Lan House. Quando ela foi notificada do valor exorbitante, procurou a concessionária, onde foi informada que apenas poderiam realizar o parcelamento do valor. “Eu recorri às Pequenas Causas e  a um juiz  da Cidade de Barcarena deu a causa como ganha para a Celpa. Hoje, se eu quiser recorrer novamente, terei que pagar um advogado e não tenho condições”, disse Maria Oneide.

Durante a sessão, o vereador Rafael Ribeiro apresentou uma Moção em repúdio aos atos praticados pela Celpa em todo o Estado. O Legislador solicitou à mesa diretora da câmara municipal que encaminhe o documento à Celpa em Belém, ANEEL, ao Governo do Estado, Ministério Público Estadual, Procon, e a Defensoria Pública do Pará.

No documento o parlamentar expôs que, “O Estado do Pará possui a maior hidrelétrica genuinamente brasileira (Tucuruí)”, e que o estado “exporta energia para todo o resto do País, algo entorno de 75%. Mas, os recursos oriundos destes impostos não ficam no Pará e não beneficiam a população paraense”, informa.

Ainda em conformidade com o documento o legislador destacou que, “não pode a população paraense ser penalizada pela falta de compromisso de grupos privados que visam somente o lucro e tarifa elevada” e acrescentou que “desde a privatização da Celpa, a tarifa de energia no Pará subiu cifras alarmantes”, concluiu Rafael Ribeiro.

Em nota, as Centrais Elétricas do Pará (Celpa) informou que está à disposição dos clientes para prestar todos os esclarecimentos necessários e que os representantes da empresa no município dialogaram para realizar uma reunião com as pessoas que participaram do movimento para tomar as providências necessárias de acordo com as solicitações que surgirem.

Confira a nota na íntegra

“A Celpa informa que está à disposição dos clientes para prestar todos os esclarecimentos necessários a respeito dos valores cobrados na conta de energia elétrica”.

Os representantes da empresa no município dialogaram para realizar uma reunião com as pessoas que participaram do movimento e tomar as providências necessárias, de acordo com as solicitações que surgirem.

A empresa também esclarece que de uma conta de energia de R$ 100, R$ 39,21 são para tributos como ICMS, PIS, COFINS, e encargos setoriais. Já R$ 38,37 são para transporte e compra de energia. E apenas R$ 22, 42 é o valor que fica com a Celpa para operar, manter e expandir a rede de distribuição, e atender o cliente”. 


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