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17/10/2018 às 15h21min - Atualizada em 17/10/2018 às 15h21min

Canaã dos Carajás: Novas provas levam delegado Bruno Fernandes de volta à prisão

Decisão do Juiz Thiago Vinicius de Melo Quedas foi publicada depois que interceptações telefônicas incriminaram o delegado de Polícia Civil Bruno Fernandes de Lima e o investigador Cláudio Márcio do Nascimento

- Jornal In Foco
Zé Dudu
Zé Dudu
De acordo com o Ministério Público, pelo menos três pessoas supostamente ligadas aos fatos “simplesmente” já morreram. Um deles era Jonciclei Noleto dos Santos, o Dj Johnson, que seria uma espécie de intermediador/informante do delegado e que atuava como o responsável pela compra e repasse das motocicletas apreendidas em Canaã dos Carajás quando Bruno Fernandes era o delegado local.

A decisão foi do Juiz de Direito da Comarca de Canaã dos Carajás, Thiago Vinicius de Melo Quedas. De posse de novas provas que incriminam o delegado de Polícia Civil Bruno Fernandes

de Lima e o investigador Cláudio Márcio do Nascimento, o magistrado decretou nova prisão preventiva.

Desta vez, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará baseia-se em um telefonema feito por Cláudio no último dia 09/10 para José Dimas Silva de Brito, conhecido no mundo do crime como “Gordinho” ou “Gordinho das populares”. Já suspeitando da ligação entre os réus e o criminoso, a justiça grampeou os telefones de familiares de “Gordinho”, dessa forma, a justiça teve acesso ao conteúdo de uma conversa, quando  o investigador teria oferecido a quantia de R$10.000,00 (dez mil reais) para que o contatado alterasse seu depoimento prestado anteriormente e afirmasse que não eram os policiais civis quem forneciam as armas de fogo para que sua quadrilha cometesse crimes na região, e sim três policiais militares do município – que não tiveram seus nomes revelados -. Ainda durante o telefonema, Nascimento, em troca do “favorzinho”, facilitaria a fuga de José Dimas da cidade, fornecendo o dinheiro da passagem.

Foi através do depoimento de “Gordinho” que a justiça expediu dois novos mandados de prisão contra os acusados, presos outras vezes no início do ano pelo crime de liberação irregular de motocicletas apreendidas no município. Fernandes já foi encaminhado para o Centro de Recuperação Anastácio das Neves, em Santa Izabel do Pará, enquanto Cláudio é considerado foragido, pois tem conhecimento do mandado de prisão e ainda não se apresentou espontaneamente.

Ainda de acordo com o Ministério Público, pelo menos três pessoas supostamente ligadas aos fatos “simplesmente” morreram. O primeiro deles, Dhonatan de Jesus dos Santos Ferreira, que segundo o MP teria pago propina aos réus para ser solto, foi assassinado em circunstâncias ainda não esclarecidas.

O Segundo, Jonciclei Noleto dos Santos, o Dj Johnson, que seria uma espécie de intermediador/informante do delegado e que atuava como o responsável pela compra e repasse das motocicletas apreendidas, também foi assassinado.

O terceiro, Genildo Joel de Sousa Silva, também morreu. Outras duas pessoas também supostamente envolvidas estão foragidas, Gustavo Carvalho Santos e Maria de Lourdes Sousa Ribeiro, Mara.


Também foi através do depoimento de “Gordinho” que a justiça entendeu que Bruno Fernandes seria o autor intelectual da suposta estrutura criminosa, e Cláudio Nascimento seria seu subordinado.

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