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21/09/2018 às 14h02min - Atualizada em 21/09/2018 às 14h02min

Graduação a distância tem crescimento no Pará

- Jornal In Foco
Portal Papo Carajás
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Dois em cada cinco estudantes matriculados no ensino superior do Pará estuda a distância, de acordo com o Censo da Educação Superior divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Enquanto o número de matrículas do ensino presencial praticamente estagnou no ano passado, a educação a distância (EaD) registrou o maior salto desde 2008. Segundo os dados do censo, as matrículas em EaD cresceram no Pará 14,15% de 2016 para 2017. Os estudantes de EaD chegaram a 96.843 em 2017, o equivalente a 38,7% do total de matrículas em todo o ensino superior do Pará.

No total, o ensino superior do Pará tem 249.928 estudantes em cursos de graduação – 7% a mais que em 2016 (233.577). Desses, 153.085 estão matriculados em cursos presenciais (61,25%). Ao contrário do que ocorreu nos cursos de EaD, o número de estudantes nos presenciais teve uma tímida evolução de 2,92% de 2016 para 2017. A maior parte dos estudantes está matriculada em instituições de ensino privadas, com 71,37% das matrículas (178.388). Quando se trata apenas de EaD, essa porcentagem aumenta, as instituições particulares de ensino superior respondem por 90,6% dos estudantes.
 
Entre os 103.095 estudantes paraenses que ingressaram na graduação no ano passado, mais da metade (54.928) se matriculou em um curso de ensino a distância. Esse percentual aumentou 24,82% entre 2016 e 2017. A modalidade presencial, por outro lado, com inserção de 48.167 calouros, registrou quase metade do crescimento do EaD: 13,16%. Além dos 249.928 alunos de graduação no Pará em 2017, o censo ainda contabilizou outros quatro em cursos sequenciais de formação específica da Unama – Faculdade da Amazônia de Santarém. Esses cursos duram em média dois anos e conferem ao aluno um diploma de nível superior e acesso a cursos de especialização, mas não de mestrado e doutorado.

O número de instituições de ensino superior no Pará também aumentou, de 2016 para 2017, passou de 47 para 54 (14,9%), sendo 48 estabelecimentos privados e seis públicos (cinco federais e um estadual). O número de cursos ofertados no estado passou nos dois últimos anos de 769 para 786.
 
A maioria dos ingressantes na educação superior do Pará busca um curso de bacharelado. Foram 56.411, o que representa um total de 54,71% do total de calouros. Em seguida vêm as licenciaturas, com 33.099 ingressos (32,10%) e, depois, os cursos tecnológicos, com 13.310 (12,91%). Apesar do menor percentual, foi nesta modalidade que houve o maior aumento no número de ingressantes entre 2016 e 2017: 34,04%. Os cursos de bacharelado e licenciatura, cresceram no mesmo período 16,71% e 17,95%, respectivamente.

Assim como os estudantes no geral, os alunos de licenciatura estão, em sua maioria, na rede privada: 75,05%. A maioria também é mulher: sete a cada dez, tendência que se repete na população universitária como um todo. Os alunos dos cursos presenciais são, em média, mais novos que aqueles que estudam a distância, ingressam mais cedo no ensino superior e também se formam com menos idade.

Quando se trata dos 9.299 professores de nível superior do Estado, 5.895 (63,4%) estão na rede pública e 3.405 (36,6%) na rede privada. Desse total, apenas quatro em cada dez (39,22%) têm doutorado, sendo 3.115 deles (85,41%) com atuação em instituições de ensino superior da rede pública – índice seis vezes maior do que o das IES particulares. Apesar disso, o percentual cresceu em ambas as redes. O percentual dos docentes com mestrado ou doutorado é maior nos cursos a distância: 88,3% contra 85,9%.
 
 

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