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04/09/2018 às 09h52min - Atualizada em 04/09/2018 às 09h52min

Vacinação contra sarampo e pólio é prorrogada no Pará; cerca de 104 mil crianças ainda não vacinaram

Até as 16h desta segunda, 3, a campanha tinha alcançado 82% da meta, que é 95%. Em Belém, o percentual está em 76%. Todas as crianças de 1 a 5 anos devem vacinar.

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G1
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A Secretaria de Saúde do Estado (Sespa) recomendou nesta segunda-feira (3) que os 144 municípios do Pará mantenham a Campanha Nacional de Vacinação contra sarampo e poliomielite até o dia 21 de setembro, para as crianças de 1 a 5 anos.

A campanha começou no dia 6 de agosto e deveria acabar na sexta-feira (31). De acordo com a Sespa, a prorrogação é uma determinação do Governo Federal aos estados que ainda não atingiram a meta.

Até as 16h desta segunda, o percentual de crianças vacinadas no estado era de 82%, com 489.851 doses de vacina contra a poliomielite e 489.579 contra sarampo. A meta estabelecida é de 95%. Em Belém, a meta está em 76%.

A Sespa recomenta estratégias às secretarias municipais de saúde, como ação em escolas e residências, além de flexibilização do horário de funcionamento de salas de vacinas. A secretaria também orienta que o sistema de informação seja mantido devidamente atualizado para ter conhecimento da real situação da cobertura vacinal.

Quem deve tomar a vacina?

Para a poliomielite, as crianças de 1 a 5 anos que não tomaram nenhuma dose durante a vida, recebem a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Já os menores de cinco anos que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, recebem a Vacina Oral Poliomielite (VOP), conhecida como "gotinha".
Em relação ao sarampo, todas as crianças devem receber dose da vacina Tríplice viral, independentemente da situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.



Entenda o que é sarampo, quais os sintomas, como é o tratamento e quem deve se vacinar (Foto: Infografia: Karina Almeida/G1)

Cobertura vacinal

Segundo o Ministério da Saúde, a intensificação da campanha deve-se a uma redução das coberturas vacinais em todo o país de vários motivos, como o Programa Nacional de Vacinação, que causou falsa sensação de que não há mais necessidade de vacinar; o desconhecimento de doenças já eliminadas; horários de funcionamento das unidades de saúde; circulação de falsas notícias na internet e aplicativos de mensagens instantâneas; e a inadequada alimentação de sistemas de informação.

No Pará, a queda para a cobertura contra poliomielite é de 101,54% em 2011 para 66,21% em 2017. De acordo com o ministério, a situação também foi recorrente com a imunização contra o sarampo, que atingiu cobertura de 109,25% em 2011 e somente 69,90% em 2017.

A recomendação é priorizar crianças de um a cinco anos, que são mais vulneráveis às doenças e suas complicações. Para atender esse público, a Sespa recebeu 1,5 milhão de doses das três vacinas, sendo 41.830 mil da VIP, 743.200 da VOP e 713.500 da Triplice Viral.

Segundo o ministério, por ano, são distribuídos em todo o país cerca de 300 milhões de doses de vacinas. Para a campanha de 2018 foram adquiridas 28,3 milhões doses das vacinas, um total de R$ 160,7 milhões.

Ainda segundo dados do ministério, todos os estados já estão abastecidos com 871,3 mil doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP), 14 milhões da Vacina Oral Poliomielite (VOP) e 13,4 milhões da Tríplice viral.

Para a poliomielite, as crianças que não tomaram nenhuma dose durante a vida devem receber a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Já os menores de cinco anos que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a Vacina Oral Poliomielite (VOP), a gotinha. Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina Tríplice viral, independentemente da situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.

Poliomelite

Não há novos casos de poliomielite no Brasil. No entanto, os casos da doença aumentaram em outros países, como alertou a Organização Mundial da Saúde.
O Ministério da Saúde informou que 312 municípios brasileiros estão com baixa cobertura para a vacina contra a poliomelite: eles não chegaram a vacinar nem metade das crianças menores de um ano. Os dados são os últimos disponíveis, referente ao ano de 2017.

A recomendação internacional para o controle da doença é de que pelo menos 95% das crianças sejam vacinadas. Atualmente, a média nacional de cobertura é de 77%.

 
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