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02/08/2018 às 10h55min - Atualizada em 02/08/2018 às 10h55min

Domínio, segurança e elenco: Fla vive noite de pequenas vitórias em empate na Arena

Com segundo tempo de alto nível, time de Barbieri não cede contra-ataque para adversário. Vitinho, chegando, e Lincoln, aparecendo, ampliam opções em sólida equipe rubro-negra

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O Grêmio adiantou a marcação no início da partida e dificultou a saída do Flamengo (Foto: Raphael Zarko)
Talvez se o toque de Lincoln, aos 48 minutos do segundo tempo, saísse pela linha de fundo as lições deste empate no grande jogo da Arena nessa quarta-feira não tivessem a devida atenção. O Rubro-Negro que saiu com o 1 a 1 contra o Grêmio na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil deixou o estádio do Tricolor gaúcho maior do que entrou.
 
Maior por que viu mais uma grande partida de Léo Duarte, ao lado do experiente Réver, que também foi firme a todo momento. Os dois com o auxílio luxuoso de Cuéllar e Renê, que tem função praticamente de "volante armador", ao se deslocar da lateral para fechar o meio, mas sem deixar de contribuir na frente (como no lance do gol de Lincoln). E maior também por que conseguiu, de um tempo para o outro, praticamente anular o toque de bola tricolor.
 
O Flamengo foi capaz de tirar os espaços de Everton (fora a primeira jogada do segundo tempo) e de Luan, tudo isso com o time uns 10 metros para frente dentro do terreno gremista. E com um feito enorme: não cedeu sequer um contra-ataque (como comparação, é só lembrar dos muitos contra-ataques que o São Paulo teve no Maracanã quando venceu por 1 a 0). Na Arena, a segunda etapa registrou zero chute a gol e escanteios para os gremistas.
 

No segundo tempo, meia saiu mais, caiu pelos dois lados e ajudou no combate direto quando o Fla perdia a bola (Foto: Footstats) 
 

No segundo tempo, Ribeiro circulou e construiu lances de perigo do lado direito, como na enfiada de bola para Renê cruzar para Lincoln marcar (Foto: Footstats) 

Saída de bola pressionada
 
A partida na capital gaúcha também testou o fôlego do Flamengo, que atuou com os titulares contra o Sport, no último domingo, embarcou para Porto Alegre e pegou um time descansado. Mas o que se viu na segunda etapa foi o Rubro-Negro com mais saúde para correr atrás do placar até conseguir.
 

O Grêmio adiantou a marcação no início da partida e dificultou a saída do Flamengo (Foto: Raphael Zarko)

Observar o posicionamento do Flamengo de um tempo para o outro mostra a margem de crescimento que este time ainda tem. Vitinho está entrando na equipe. Uribe, que não foi bem, está em processo de adaptação e de entrosamento. É até normal que entregue pouco neste momento. Barbieri indicou que vai dar sequência ao centroavante. Marlos alternou boas jogadas, mas pecou ao ser iludido na finta de Léo Moura no gol.
 
No início, talvez para cuidar dos avanços de Everton, sem deixá-lo ficar no mano a mano com Rodinei, Paquetá atuou mais recuado na primeira etapa. A estratégia funcionou parcialmente, pois Everton só levou vantagem, com perigo, em um lance, quando ultrapassou Rodinei e Cuéllar, mas foi bloqueado no chute.
 
O Grêmio, no entanto, teve mais espaços e atrapalhou a saída de bola do time do Flamengo, marca registrada da equipe de Barbieri. Houve erros e o time gaúcho poderia até ter aproveitado melhor, mesmo em tentativas de fora da área. No total, foram 14 finalizações gremistas, contra seis do Flamengo.
 
Três chances mais claras até o gol
 
Com paciência, na segunda etapa, o Flamengo teve quase 70% de posse de bola e martelou – foram 11 finalizações contra nenhuma do adversário. Se na primeira etapa, a melhor oportunidade – das seis tentativas – talvez tenha sido no pé esquerdo de Rodinei, em avanço dentro da área, na segunda etapa o gol muito em função de um jogador que só cresce no Rubro-Negro: Éverton Ribeiro.
 
O Grêmio montava um bloqueio e levava vantagem nas bolas aéreas, com a eficiência de Kanneman e Geromel. Mas os toques curtos e as infiltrações incomodavam. Foi assim que Paquetá, mais solto, quase marcou. Foi desta maneira que Cuéllar pedalou, foi ao fundo e achou Diego, que cabeceou por cima.
 

Diego entra na área pelo chão: mesmo com Grêmio bem fechado, Rubro-Negro buscou espaços com toques curtos (Foto: Raphael Zarko)
 
Consciente de que a melhor forma de achar espaços contra um rival bem fechado era fazer a bola rodar de lado a lado, Vitinho, que entrou aos 16 minutos (veja lances de sua estreia abaixo), só arriscou o drible numa bonita jogada individual, mas foi travado na hora do chute. Eram as três tentativas mais claras que deixavam o time de Barbieri mais próximo do empate.
 
Veja lances da estreia de Vitinho com a camisa do Flamengo
Em mais uma partida com muitos passes trocados – 524 no total, de acordo com o Footstats -, o Flamengo teve bem mais boas notícias para comemorar, além do gol aos 48 minutos. Em duelos tão equilibrados, como se anuncia a volta contra o Grêmio no Maracanã – e as duas partidas contra o traiçoeiro Cruzeiro de Mano Menezes -, um Flamengo controlador de jogo, atento a contra-ataques, forte e resistente fisicamente, com alternativas no banco (e voltas de Rhodolfo e Berrío a caminho), tende a minimizar erros para superar grandes adversários. É sem dúvida um cenário animador para a torcida rubro-negra.
 
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