15/06/2018 às 09h50min - Atualizada em 15/06/2018 às 09h50min
Polícia Civil cumpre mandado de prisão contra integrante de facção criminosa no Pará
O alvo da operação é o presidiário Philippe Martins Barros. A Polícia Civil identificou sete líderes e confirmou a existência da célula "sintonia de outros estados e países"
G1 - Jornal In Foco
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No Pará, o alvo da operação é o presidiário Philippe Martins Barros. (Foto: Reprodução/Polícia Civil do Pará) A Polícia Civil de Belém cumpriu na manhã desta quinta-feira (14) um mandado de prisão preventiva no Presídio Estadual Metropolitano III (PEM III), em Marituba, na grande Belém. O cumprimento do mandado faz parte da operação "Echelon", deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo em 14 Estados brasileiros, visando o combate às células da facção criminosa PCC no país. No Pará, o alvo da operação é o presidiário Philippe Martins Barros.
As investigações começaram a partir de trechos de manuscritos encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, por agentes penitenciários. Em Belém, a ordem de prisão está sendo cumprida, no presídio, pela equipe do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI), de Castanhal, unidade vinculada ao Núcleo de Inteligência da Polícia Civil.
Ao todo, são 75 mandados de prisão e 59 de busca e apreensão que estão sendo cumpridos em 14 Estados brasileiros, contra a facção que age dentro e fora dos presídios. Segundo a Polícia Civil paulista, o grupo investigado é responsável por acirrar disputa de facções no país, elevando o número de assassinatos.
As investigações identificaram a participação de 103 pessoas na célula, dos quais 75 têm mandado de prisão. Além de São Paulo e Pará, a operação é realizada em Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Roraima, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá e Maranhão.
A Polícia Civil identificou sete líderes e confirmou a existência da célula "sintonia de outros estados e países". Os criminosos teriam assumido as funções da "sintonia" quando os líderes da organização criminosa ficaram isolados no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em 2016, em decorrência da operação Ethos, que revelou esquema envolvendo advogados da facção.