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10/05/2018 às 17h53min - Atualizada em 10/05/2018 às 17h53min

A vida extravagante do funcionário do SINE acusado de fraudar o Seguro Desemprego

Charlison ganhava salário de R$ 1.000,00, mas comprou carro de luxo, relógios excêntricos e renovava sempre a coleção de perfumes caros, que agora perderam a fragrância.

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Todo jovem sonha ter um carro de luxo. E Charlison Aladim Braga comprou o seu bem antes de completar 25 anos de idade, mesmo ganhando em torno um salário mínimo. Exibia com orgulho um Volkswagen Golf, carro avaliado acima de R$ 75.000,00. Outros objetos caros também faziam parte da lista refinada de Charlim, como é chamado pelos íntimos. Relógios, perfumes, roupas (tudo original, nada falsificado) faziam parte do pacote, sem contar viagens constantes para diversos roteiros, como ele mesmo fazia questão de exibir em redes sociais, sempre acompanhado de mulheres e amigos.

A curtição de Charlison chegou ao fim no amanhecer desta terça-feira, 8, quando a Polícia Federal o algemou na casa onde morava com a mãe, na Folha 14 Quadra A Lote 03, Nova Marabá. A Polícia Federal não tem o costume de divulgar nomes de presos em operação e a primeira reportagem publicada aqui no blog apontava o acusado como Charles Braga. Todavia, amigos fizeram a correção.

Charlison Aladim Braga é acusado de ter participado de um esquema de fraude no Seguro Desemprego. Como servidor do SINE, ele teria repassado senha do sistema para uma quadrilha de fora da cidade. Um deles contou que, em 2011, no governo de Maurino Magalhães, Charlison foi aprovado em concurso público para a Prefeitura de Marabá na função de agente administrativo, mas como tinha apenas 17 anos, precisou ingressar com ação na Justiça, que determinou sua posse no cargo.

A Reportagem do blog em Marabá conversou com um amigo próximo a Charlim, que participou de festas e viagens, tudo pago pelo servidor do SINE, que tinha salário que girava em torno de R$ 1.000,00. Segundo a PF, para viabilizar as fraudes, servidores do Sine, entre eles Charlim, eram cooptados a fazer parte do esquema sob a promessa de ganhos vultosos e fáceis. Em um dos casos investigados, um aliciador chegou a prometer que um servidor ganharia em média R$ 90 mil em 15 semanas. Para isso, o servidor precisaria deixar sua máquina “logada” no sistema do Seguro-Desemprego por um determinado período de horas diárias. E teria sido nessa “onda” que Charlim se meteu.
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