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03/05/2018 às 10h52min - Atualizada em 03/05/2018 às 10h52min

PF apreende celulares em nova fase das investigações da chacina de Pau D'Arco

Foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão para os estados do Pará, Goiás e Rio de Janeiro.

Alexandro Martello - Jornal In Foco
g1.globo.com
Polícia Federal realizou a reconstituição da chacina que matou 10 pessoas na fazenda Santa Lúcia, em Pau D'Arco. (Foto: Reprodução/TV Liberal)
A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta quinta-feira (3) mandados de busca e apreensão de aparelhos celulares nos estados do Pará, Rio de Janeiro e Goiás. A ação faz parte de uma nova fase das investigações sobre a chacina de Pau D'Arco, em que dez trabalhadores rurais foram mortos na fazenda Santa Lucia, em maio de 2017.
 
Foram expedidos um total de 12 mandados, sendo sete para a cidade de Redenção, no sul do Pará, três em Belém, um no Rio de Janeiro e um em Goiânia, estes últimos em endereços de alvos das investigações. Segundo a PF, todos os mandados foram cumpridos.
 
A polícia quer esclarecer a eventual participação de outras pessoas que podem ter recebido ou ofertado qualquer tipo de vantagem relacionada ao cumprimento das ordens de prisão dos posseiros acampados na fazenda Santa Lúcia.
 
Chacina de Pau D'Arco

Segundo a denúncia do Ministério Público do Pará (MPPA), no dia 24 de maio de 2017 um grupo de policiais civis e militares seguiu até a fazenda Santa Lúcia para dar cumprimento a 14 mandados de prisão contra trabalhadores suspeitos de envolvimento na morte de um segurança da fazenda, em abril de 2017. Dez agricultores acabaram mortos na ação. A principal linha de investigação é de que não houve confronto e sim execução. Os policiais teriam atirado contra os trabalhadores rurais em uma ação planejada.
 
 
De acordo com a polícia, os assentados tinham um arsenal de armas de fogo e reagiram à presença dos policiais. Houve troca de tiros, que resultou nas mortes. Nenhum policial ficou ferido. Familiares das vítimas e sobreviventes alegam que a ocupação da fazenda era pacífica, que os policiais chegaram de forma truculenta e atiraram sem provocação.
 
A Justiça em Redenção colheu em abril os depoimentos de testemunhas de defesa e acusação e ouviu policiais acusados de envolvimento na chacina. A fase de instrução processual mudou o rotina da cidade, já que esse foi um caso de grande repercussão.
 
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