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09/01/2023 às 12h28min - Atualizada em 09/01/2023 às 12h28min

Helder se reúne com Exército para retirar golpistas em Belém

Outras contramedidas aos atos golpistas foram tomadas pelo governador do Pará ainda no domingo (08), após os ataques terroristas em Brasília.

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Após as ações terroristas promovidas por golpistas a favor de Jair Bolsonaro (PL) em Brasília no último domingo (08), criticada por centenas de autoridades brasileiras e mundiais, o governador Helder Barbalho (MDB) anunciou medidas para combater possíveis ataques aos Três Poderes no Pará.

E uma destas medidas será reunir-se com o Comando do Exército Brasileiro em Belém. Helder anunciou que o encontro está previsto para a manhã desta segunda-feira (09).

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A pauta principal será a discussão dos procedimentos para realizar a desobstrução da frente do 2º Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS), às margens da avenida Almirante Barroso, no bairro do Marco.

O local é ocupado por manifestantes golpistas desde o dia seguinte à divulgação do resultado do segundo turno das Eleições 2022, que consolidou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o terceiro mandato à frente da Presidência da República.

Desde então, foram feitas várias operações de desobstrução da avenida e da calçada, no entanto, os golpistas pró-Bolsonaro sempre retornavam e fizeram da frente do 2º BIS umas espécie de "acampamento", similar ao registrado em outras partes do país.

OUTRAS MEDIDAS

Helder Barbalho também ofereceu ajuda das forças de segurança do Estado para ajudar a controlar a situação no Distrito Federal em meio ao caos provocado por terroristas ligados ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Na noite deste domingo (8), o governador informou que enviou 60 policiais do Comando de Missões Especiais e Batalhão de Choque em apoio ao Governo Federal para ajudar o país a voltar à normalidade. “Não podemos aceitar atos terroristas e temos que nos unir em favor da Democracia”, disse Helder.

Horas antes, o governador havia condenado os atos golpistas e terroristas em Brasília. “Repudio as cenas de invasão do Congresso, do Supremo e do Palácio – além de vandalismo e apologia contra o Estado Democrático de Direito. Nossas forças de segurança estão mobilizadas e não aceitaremos este tipo de situação no Pará. Aqui é Lei e Ordem”.

Por precaução, a Polícia Militar do Estado destacou vários militares para proteger prédios públicos da capital, numa prevenção a eventuais atos golpistas de bolsonaristas em Belém.

O senador paraense Jader Barbalho (MDB) também manifestou seu repúdio contra os atos. “Tem que haver a dura aplicação da lei, inclusive naqueles que são coniventes com essa situação. A sociedade brasileira precisa tomar conhecimento das providências punitivas”, declarou Jader.

A deputada federal Elcione Barbalho (MDB) também condenou os atos de terrorismo. “As eleições já acabaram! O povo escolheu a democracia. É lamentável o que está acontecendo na Praça dos Três Poderes, em Brasília”.

Já o psolista Edmilson Rodrigues, prefeito de Belém, cobrou a punição dos golpistas após os atos de vandalismo contra prédios públicos. “Tão importante quanto punir os terroristas que promovem atos de violência em Brasília, é também identificar e responsabilizar os articuladores, financiadores, e as autoridades cúmplices desses ataques à democracia”.

O Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região classificou as cenas como atos de terrorismo. “O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, vem a público repudiar os atos terroristas absurdos, violentos e inaceitáveis cometidos na tarde de hoje (8/01), em Brasília, contra o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, que buscam enfraquecer a República brasileira, atingida na sede de seus três Poderes. É imperativo afirmarmos que os atos de hoje não são democráticos e nem manifestação do povo, são, isso sim, atos terroristas contra o Estado Brasileiro”.

MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público do Estado assinou nota conjunta com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), onde expressa o “seu mais profundo repúdio aos atos criminosos que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes do Estado. Tais atos antidemocráticos transcendem o limite constitucional da liberdade de expressão, configurando-se como crimes que devem ser apurados e julgados na forma da lei”.

Os militantes golpistas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, deixando um rastro de vandalismo e destruição. Os criminosos também entraram em confronto com as forças de segurança. Os atos de violência acontecem uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na presidência da República. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se recusam a aceitar o resultado das eleições, na qual Lula se sagrou vencedor.


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