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12/04/2018 às 10h09min - Atualizada em 12/04/2018 às 10h09min

‘Estado tem condições de controlar ações de resposta com suas forças’, afirma secretário de segurança sobre ataque a presídio no Pará

Após tentativa frustrada de resgate de presos que terminou com a morte de 21 pessoas na terça-feira (10), ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, ofereceu a Força Nacional do Governo do Pará.

- G1 PA, Belém
g1.globo.com
​Susipe
O Secretário Adjunto de Gestão Operacional da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), André Cunha, afirmou durante entrevista nesta quinta-feira (12) que o Governo do Pará tem condições de controlar e investigar o ataque a um presidio, sem a intervenção de tropas federais. A declaração foi após o posicionamento do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que ofereceu a Força Nacional ao governador do Pará depois da morte de 21 pessoas durante tentativa frustrada de resgate de presos no Complexo Penitenciário em Santa Izabel do Pará.

"Essa nota foi encaminhada ao governador, cabe a ele se pronunciar. Do ponto de vista da segurança pública, o principal papel que a união pode e deve fazer não é necessariamente oferecer tropas e sim pensar o mais rápido possível na modificação do modelo de financiamento da segurança pública para o Brasil", afirmou Cunha.

"O estado tem condições de controlar e coordenar essas ações de resposta e investigação com suas forças. A nossa avaliação é que este não foi primeiro episódio no CRPPIII, já ocorreram episódios anteriores, os anteriores foram alvo de investigação, chegamos a autoria dos responsáveis pelos ataques e nós temos certeza que as nossas forças, tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil têm capacidade plena de investigação e chegar a autoria dos responsáveis", disse o secretário.

O secretário falou ainda das providências para reforçar a segurança nos presídios. "O Governo do Estado já realizou provas para o concurso da Susipe, que é uma grande etapa de modificação no desenho do sistema penitenciário para incorporação e nomeação dos servidores de carreira. Com isso, a Susipe poderá fazer o ciclo completo de segurança, liberando policiais militares que trabalham nesse serviço", pontuou.

"Tentativas de resgate em unidades prisionais acontecem em vários estados e até outros países. São eventos decorrentes da própria natureza do sistema prisional. Tem grupos de presos que não aceitam ficar encarcerados, não aceitam se submeter a tutela da sua liberdade pelo estado e querem a todo momento retornar para a sua vida criminosa. Cabe ao estado reprimir essa ação", ressaltou André Cunha.       
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