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07/04/2018 às 21h06min - Atualizada em 07/04/2018 às 21h06min

​Identificados outros dois envolvidos em assalto da agência dos Correios.

A polícia já sabe quem são as outras pessoas envolvidas no assalto que chocou a cidade de Canaã Carajás.

Virgínia Antony - Jornal In Foco
Rede Social Facebook, a Polícia Militar do 17º Batalhão de Canaã dos Carajá
Rede Social da Policia Militar
A polícia já sabe quem são as outras pessoas envolvidas no assalto que chocou a cidade de Canaã Carajás.
Através da Rede Social Facebook, a Polícia Militar do 17º Batalhão de Canaã dos Carajás, diz ter identificado outros dois assaltantes da agência dos correios, que ocorreu na manhã da última quarta-feira (4).
De acordo com a divulgação, são eles Nicolas e Marcelo, e continuam foragidos. E assim como Marcos Patrick, preso no dia do crime, também já estiveram presos anteriormente por envolvimento em outros crimes.Marcos Patrick, inclusive, confessou participação no assalto posterior na mesma agência dos correios.


Além de Nicolas e Marcelo, apolícia diz também ter identificado outros cumplices, que teriam dado informações que facilitariam o crime.
Em um extenso texto em sua página do Facebook, a polícia ressaltou a repercussão do acontecimento, e fez questão de esclarecer as ações adotadas esuas motivações, demonstrando um interesse maior na segurança dos reféns, para que fossem libertados com mínimo de risco possível.
 
Segue o texto divulgado na página Polícia Militar de Canaã dos Carajásna integra:
 
A TENTATIVA DE ASSALTO AOS CORREIOS EM CANAÃ
Por volta das 08h50 da manhã do dia 4/4/2018, três elementos entraram na agência dos correios e anunciaram o assalto. O local estava lotado e as pessoas foram impedidas pelos bandidos de saírem do local para não acionarem a polícia. Mas o fato é que alguém conseguiu ligar e informar do assalto em andamento. Assim que a guarnição chegou ao local e se aproximou da entrada da agência percebeu a apreensão nos rostos das pessoas. Assim que a porta da agência foi aberta o instinto de sobrevivência falou mais alto e todos saíram correndo ao mesmo tempo, sendo que algumas pessoas caíram durante a confusão e foram pisoteadas. Os bandidos já haviam feito reféns enquanto um casal de idosos ficou caído na porta da agência pedindo ajuda. No primeiro momento, por estar na linha de tiro, a guarnição da POLÍCIA MILITAR negociou com os bandidos para que não atirassem, pois seria necessário socorrer os dois idosos que se encontravam no chão. Assim que houve segurança de que não haveria nenhum disparo por parte dos bandidos a guarnição pôde fazer o socorro dos idosos, a senhora teve que ser carregada no colo por um dos integrantes da guarnição. No início da negociação o ladrão estava muito nervoso e não tirava a arma da cabeça do refém. Foi dito a ele que estava tudo bem, que a vida dele seria preservada e que é que era desejo de todos que tudo terminasse da melhor maneira possível, com todas as pessoas sãs e salvas. A imprensa não demorou a chegar e assim, o bandido que estava negociando, prometeu que iria se entregar e que em seguida os outros dois comparsas também se entregariam.
 
O ACORDO QUEBRADO
Assim que o primeiro bandido se entregou foi dada continuidade a negociação. Até aquele momento não se tinha nenhuma notícia da parte dos bandidos que estavam na garagem do prédio, nem a informação de que o veículo dos correios estivesse na garagem. De repente a garagem foi aberta por uma das vítimas e o bandido com a arma na cabeça de um refém falou que iriam sair do local no veículo. A guarnição poderia impedir a saída do veículo atirando nos pneus, mas essa ação poderia levar o bandido a pensar que estaria sendo atacado e matar o refém e em seguida pegar outro no lugar, se isso ocorresse toda a ação policial estaria perdida, a vida dos inocentes desde o começo da ação policial no palco da crise esteve em primeiro lugar, nada é mais importante do que a preservação da vida de um inocente em um gerenciamento de crise. Por essa razão a Veículo dos correios saiu do local e a POLÍCIA MILITAR, POLÍCIA CIVIL e CHOQUE fizeram o acompanhamento que se deu pela PA 160, sempre mantendo uma distancia segura; o bandido ia à porta da Van, que estava aberta, sempre com a arma apontada para a cabeça de um dos reféns. Logo após passar a Vila Planalto os bandidos ordenaram que o motorista entrasse na vila Nova Jerusalém e seguissem adiante, logo à frente libertaram uma refém e prosseguiram. Cerca de cinco quilômetros adiante libertaram outra refém e fizeram um disparo quando a viatura se aproximou um pouco mais. Em um trecho de mata fechada o veículo dos correios parou bem encostado ao mato onde os bandidos pularam e saíram correndo em meio ao matagal. O veículo dos correios se afastou e foram iniciadas as buscas pelos criminosos. Os reféns liberados seguiram adiante, se afastando rapidamente do local. Os familiares dos reféns ficaram apreensivos e depois aliviados por todos terem saído ilesos. Ninguém saiu ferido na ação. O elemento preso foi identificado como Marcos Patrick da Silva Avelino, ele já havia sido preso aqui na cidade por tráfico de drogas. Posteriormente os demais integrantes que fugiram foram identificados como Nícolas e Marcelo, segundo o próprio bandido preso os dois que fugiram já teriam sido presos anteriormente. O bandido também confessou ter participado do assalto anterior à mesma agência.
 
OS COMENTÁRIOS APÓS O ASSALTO
Em um grupo de WhatsApp pessoas diziam que, se estivessem no local, teriam socorrido a senhora e o senhor que haviam caído, claro que isso não teria ocorrido. Teriam feito o que os outros fizeram, isso é natural. Outros “especialistas” davam as mais esdrúxulas soluções para frear a fuga dos bandidos, uma delas falava para atirar nos pneus durante a fuga na PA 160 (o veículo tombaria e poderia morrer todo mundo), outros preferiram pensar que gerenciar uma crise com reféns é como uma receita de bolo ou então uma ciência exata, quando na verdade é algo bastante complexo e que depende das circunstâncias e do palco onde a crise se desenrola. Basta lembra a crise no ônibus 174, no RJ. Onde policiais do BOPE intervieram e a refém morreu durante a ação. O caso de Eloá em São Paulo que terminou com a morte da refém. O assalto em uma Van de passageiros em Belém que acabou com o policial baleado na cabeça (o assaltante jogou a arma que disparou). E dois casos clássicos onde as melhores forças de segurança do mundo falharam e causaram a morte de dezenas de reféns: Munique e Moscou. Por fim tivemos um comentário infeliz que disse que talvez a polícia do Pará tivesse feito negociação de sequestro com os trapalhões. É claro que as opiniões não passam disso. Por isso são chamadas de opiniões. Comentários assim estão colocando em primeiro plano a prisão dos bandidos, mas a missão principal é a liberação dos reféns. Como já disse não se trata de uma receita de Bolo. Por isso colocarei o link nos comentários de alguns vídeos onde ocorrem falhas, reféns ou agentes envolvidos na negociação são feridos ou mortos. Cada situação é imprevisível. Tudo pode ocorrer. A primeira coisa que desejamos é que todos saiam vivos, sem ferimentos. Foi o que ocorreu. Todos os reféns voltaram para suas famílias, sãos e salvos. Um bandido foi preso e os demais identificados. Foram ainda identificadas as pessoas que deram apoio logístico para a quadrilha.
Gostaríamos de agradecer a Equipe da POLÍCIA CIVIL que chegou ao local e da Guarnição do CHOQUE que participou da operação.
 
Quem souber de alguma informação, fazer contato pelo telefone: 94 99154 6464.
 
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