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16/11/2022 às 08h05min - Atualizada em 16/11/2022 às 08h05min

Helder pede subsídios internacionais para bioeconomia no PA

Helder pede subsídios internacionais para bioeconomia no PA Segundo o governador, investir em alternativas econômicas para manter a floresta em pé é primordial para avançar na preservação do meio ambiente e impedir as mudanças climáticas. Plano Estadual será lançado hoje

 

Helder Barbalho abriu seu segundo dia de participação na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 27) defendendo que os mecanismos internacionais subsidiem o financiamento público para estimular os negócios e empregos verdes que giram em torno da bioeconomia no estado. A afirmação do governador paraense foi feita na tarde de ontem (15), durante o painel “Combatendo em conjunto as crises do clima e da biodiversidade: o papel crítico das soluçõesbaseadas na natureza”.

“Esse é um momento especial para reafirmar o compromisso do nosso estado no impulsionamento desta nova vocação que é a bioeconomia. Estamos considerando o conhecimento, a ciência, a tecnologia e o saber dos nossos ancestrais, mas por outro lado, construindo o financiamento público subsidiado para estimular negócios verdes. Nosso desafio é conciliar tradição e inovação, gente e floresta viva e cremos que a bioeconomia é o novo pilar econômico da Amazônia e, particularmente, do Estado do Pará”, analisou.

“Atualmente o Estado do Pará possuí 70% do seu território em floresta. É um estado com vocações para atividade do agronegócio e mineração. Neste momento, estamos construindo as soluções para uma transição econômica e que possamos ter a bioeconomia como nova vocação central. Queremos consorciar floresta viva com alternativas de geração de emprego. Essa estratégia busca fazer com que o Estado cumpra com a sua missão na redução das emissões e faça do uso correto da floresta viva”, ponderou Barbalho.

Helder aproveitou para convidar ao lançamento do Plano Estadual de Bioeconomia, hoje (16), a partir das 9h, no estande do Consórcio da Amazônia Legal no evento, que é realizado na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh. Essa é uma iniciativa inédita no Brasil. “Somos o primeiro estado brasileiro a ter o plano de bioeconomia local, fruto da escuta das comunidades tradicionais, dos saberes da floresta, do chamamento do conjunto de pesquisadores e cientistas que entendem e conhecema Amazônia”, disse.

PROTAGONISMO

O governador do estado também representou a Amazônia em painel da ONU sobre liderança do Brasil na agenda climática. Ele destacou que o mundo pode esperar um novo momento político e institucional com o protagonismo do Brasil na proteção ambiental, consorciando força e boa experiência dos estados subnacionais. Ele reconhece que as ações do Executivo somam-se aos esforços que a sociedade civil vem exercendo na agenda do clima para unir-se ao governo federal na construção de uma política coletiva, na qual todos possam alçar o Brasil ao protagonismo da agendaclimática mundial.

“Nos últimos quatro anos, o Consórcio de Governadores da Amazônia Legal experimentou um papel fundamental de construção do diálogo com países, instituições públicas e privadas, que permitiu com que o Brasil não estivesse no isolamento climático, tendo o Consórcio sido um protagonista do diálogo da região Amazônica Brasileira com a agenda climática global”, ressaltou Helder Barbalho, que está presidente em exercício do Consórcio.

“O gesto do presidente Lula de aceitar o convite do Consórcio dos Governadores da Amazônia, e fazer da sua primeira viagem internacional a vinda à cúpula do clima em Sharm El Sheikh, reafirma o posicionamento do Brasil para essa agenda. Permitirá ao Brasil estar efetivamente construindo as soluções climáticas, se tornando o protagonista central para os temas ambientais”, completouo governador do Pará.

O Pará aderiu ao acordo de adesão do Estado à campanha Race to Zero (Corrida para o Zero), movimento das Nações Unidas para conter o aquecimento global. O Race to Zero é uma iniciativa global para reunir lideranças com o objetivo de alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050.

CHINA

O governo do Pará participou da assinatura do Memorando de Entendimento entre o Consórcio de Estado da Amazônia Legal e representantes chineses. O evento foi realizado durante o painel “Perspectivas para Colaboração Sino-Amazônica para Sustentabilidade na Cadeia Global de Suprimentos”, dentro da programação oficial do “Hub Amazônia Legal COP 27”. O governador do Pará e representante do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, Helder Barbalho, destacou o quanto a assinatura do documento é fundamental para o fortalecimento da produção agropecuária desenvolvida de forma sustentável dentro do Pará.

Sobre as relações comerciais bilaterais com a China, Helder Barbalho ponderou que a parceria entre o país asiático e o estado brasileiro pode ser expandida para outros segmentos econômicos, ainda com foco no desenvolvimento sustentável: “Nós enxergamos a China como um parceiro estratégico do Brasil não de hoje, mas de muito tempo”, completou. (Com informações da Agência Pará)

"Somos o primeiro estado brasileiro a ter o plano de bioeconomia local, fruto da escuta das comunidades tradicionais, dos saberes da floresta, do chamamento do conjunto de pesquisadores e cientistas que entendem e conhecem a Amazônia”, Helder Barbalho, governador


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