Prestes a completar uma semana após a divulgação do resultado das Eleições 2022, que confirmaram a vitória de Lula (PT) no pleito, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), espalhados pelo Brasil, tem promovido atos ilegais e antidemocráticos, como pedidos de intervenção militar e permanência do atual presidente no poder.
Como se já não bastassem os bloqueios nas vias de várias localidades brasileiras, ação que foi sumariamente rechaçada pela Justiça e pelas forças federais, estaduais e municipais de segurança, um novo episódio repulsivo ocorreu em solo paraense.
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Golpistas favoráveis a Bolsonaro derrubaram uma árvore da espécie Bertholletia Excelsa, mais conhecida como castanheira, famosa na região Norte do Brasil pelo fruto, que possui como semente a Castanha-do Pará.
O vegetal, que possuía mais de 100 anos, foi derrubado pelos bolsonaristas para bloquear totalmente o tráfego de veículos nos dois sentidos do km 332 da BR-163, no município de Novo Progresso, sudoeste do Pará. Estima-se que a árvore centenária tinha cerca de 30 metros de altura.
Após a derrubada, os manifestantes tentaram atear fogo ao tronco. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estiveram no local para fazer a retirada do bloqueio e liberação da via, algo que só foi possível por meio do uso de motosserra e com o apoio de um trator.
Depois da retirada do vegetal, o fluxo de veículos foi restabelecido normalmente.
CRIME AMBIENTAL
De acordo com a legislação ambiental, algumas espécies de árvores são consideradas protegidas por lei federal, por conta do risco iminente de extinção. A castanheira é uma destas. Quem for flagrado e denunciado derrubando este tipo de vegetal irregularmente pode sofrer a aplicação de multas, em valores estipulados de R$ 500,00 por árvore, metro cúbico ou fração.
Por mais longeva que seja, pois este espécime pode viver até 500 anos e chegar a 50 metros de altura, dificilmente a castanheira alcança tal idade, justamente pela ação humana.
