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14/03/2018 às 19h50min - Atualizada em 14/03/2018 às 19h50min

Educação municipal de Canaã dos Carajás passa por avaliação de aprendizagem

Prova do SAMACC é realizada por amostragem e pretende avaliar qualidade de ensino oferecido a quase 10 mil alunos

- Jornal In Foco
Foto: Ascom Canaã dos Carajás
Com o objetivo de melhorar o ensino oferecido em Canaã dos Carajás, a Rede Municipal de Educação passa, desde a última terça-feira (13), por uma avaliação de aprendizagem. O Sistema de Avaliação Municipal de Aprendizagem de Canaã dos Carajás (SAMACC) será aplicado em todas as escolas da Rede Municipal da zona urbana e também da zona rural. A avaliação existe desde o ano de 2016 e verifica o nível de aprendizagem de alunos do 3º, 5º, 6º e 9º ano.
 
No SAMACC de 2018, uma novidade: os alunos do 2º período da educação infantil também passarão pela avaliação. Conforme explicou a diretora de ensino da Rede de Educação, Lenilda Araújo, o objetivo é que se amplie o olhar sobre a alfabetização em Canaã. Ao todo, 16 profissionais da equipe pedagógica da Secretaria de Educação foram deslocados para a tarefa de avaliar a aprendizagem das crianças no município.
 
Erika Nayanna é técnica responsável pelas turmas do 1º ao 5º ano de Canaã. Ela falou sobre a avaliação: “O SAMACC é um instrumento que o município está utilizando para medir as aprendizagens dos alunos em rede. Não são todas as séries, mas são séries bem pertinentes, onde a gente consegue fazer uma visualização do fechamento dos ciclos. A prova é feita por amostragem e não são todas as turmas da escola. Por exemplo, é apenas um 5º ano de cada escola que passa pela avaliação e eles são escolhidos por meio de um sorteio. A prova é feita uma vez por ano, logo após o diagnóstico inicial feito dentro das escolas.”
 
O diagnóstico citado por Erika é feito no início do ano pelos professores. Nele, o educador verifica as situações e habilidades que o aluno deve ter garantido da série anterior: “A gente faz ele para ver qual nível de aprendizagem o aluno está. Esse diagnóstico é pertinente à escola e é um raio x do que a escola precisa trabalhar para melhorar. A avaliação municipal, além de dar uma visão geral da educação na cidade, confronta um pouco os dados para ver se realmente estamos com os diagnósticos bem precisos.”
 
 Com os dados dos anos anteriores em mãos, Lenilda Araújo reconhece que ainda há muito o que se melhorar no município: “Na verdade, temos alguns desafios pela frente. Eles começam desde a educação infantil. Desde o ano passado, estamos reestruturando a proposta de ensino da Rede. Na educação infantil, voltamos com a leitura escrita, que era algo que não estava no foco, pois a gente entende que o processo de alfabetização começa bem antes dos seis anos, que é quando a criança ingressa no ensino fundamental. Nesse ano, a partir do diagnóstico percebemos que precisamos ampliar o olhar do professor em relação ao que é a alfabetização e como ela se dá em meio ao processo. Temos o objetivo de melhorar os nossos índices de alfabetização, pois nós entendemos que a criança bem alfabetizado terá sucesso nas séries posteriores. Acreditamos que as crianças sentirão o impacto da mudança educacional apenas no ano que vem.”
 
Também estiveram presentes durante a entrevista Viviane Costa, técnica do 6º ao 9º ano e Valéria Silva, técnica do 6º ao 9º ano da zona rural. Ainda não há data certa para a divulgação dos resultados, haja visto que será necessário se fazer a correção, tabulação dos resultados e só depois a apresentação. As técnicas também explicaram que a greve geral e a mudança de direção na SEMED atrasaram a aplicação das avaliações, mas que o cronograma será cumprido e a partir daí, um caminho para uma melhor educação municipal começará a ser traçado.
 
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