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11/09/2022 às 09h53min - Atualizada em 11/09/2022 às 09h51min

Paysandu enfrenta Figueirense na briga pelo acesso

De favorito o Paysandu virou azarão na luta pelo acesso. Com três derrotas na conta, não há mais margem para tropeços e a promessa é brigar e continuar tentando até o fim

Heitor silva - jornalinfoco.com
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Nos últimos quatro anos o Paysandu tem disputado a Série C do Campeonato Brasileiro e se classificado com folga na primeira fase, indo para a segunda e decisiva fase da competição em busca do acesso, mas tem repetidamente feito campanhas ruins e frustrado sua torcida. Esse ano, das três primeiras rodadas o time bicolor perdeu todas, tendo a árdua missão de vencer as três partidas restantes do quadrangular, algo que nunca fez de 2019 para cá. Hoje à tarde, o Papão recebe o Figueirense-SC na Curuzu com a obrigação de começar uma surpreendente recuperação ou, ao menos, lutar até o fim.

Como um pugilista encurralado no córner, o Papão é o azarão total do Grupo C, apontado com chances ínfimas de se ficar com uma das duas vagas para o acesso. Mas, por mais que tenha apanhado, o time se manteve de pé. Está acuado, mas assim como o boxeador mais conhecido no cinema, Rocky Balboa, se diz pronto para assimilar os golpes para, mesmo diante de todos os prognósticos, seguir em frente. “O que importa é o quanto você aguenta apanhar e continuar tentando. É assim que se ganha”, como diz no primeiro da franquia de filmes sobre o Garanhão da Filadélfia.

Paysandu aposta em última cartada para conquistar acesso

Márcio começa a definir Paysandu e Toscano pode ser novidade

“As coisas não estão saindo do jeito que a gente queria, mas não podemos nos abater. Não queríamos estar nessa situação, mas estamos focados no que podemos fazer. Temos que representar bem o Paysandu, levantar a cabeça, entrar em campo e lutar até o fim”, brada o meia José Aldo.

“O mais importante é a gente acreditar em nosso trabalho. Não chegamos aqui à toa. Temos que acreditar no que podemos fazer. Não só eu como a maioria dos que estão aqui já viveu situações semelhantes e tiveram finais felizes. Nossa vontade de querer vencer e fazer história é enorme. Aqui nunca foi fácil e temos que manter nossa busca”, completou o lateral-direito Leandro Silva.

O jogo mais importante da temporada até aqui terá que ter a paciência e a letalidade que se espera de alguém que domine a Nobre Arte, por isso a confiança em quem está ao seu lado nessa luta tem que ser a maior possível. “Será o jogo mais importante do ano. Precisamos da vitória e vamos atrás dela. O clima aqui sempre foi bom, o grupo é excelente e cada um confia no outro. Quando um perde ninguém aponta o dedo para o outro. Todos assumem o que fazem e o que têm que fazer”, finalizou o atacante Marcelinho.

A ordem é aproveitar as chances!

EM BUSCA DO GOL

Atacantes bicolores têm números modestos, mas esperam que a história seja diferente hoje. Toscano pode reaparecer no time

Toscano pode reaparecer no time

Toscano pode reaparecer no time

 Toscano pode reaparecer no time | John Wesley/PSC

Por mais que a Fiel deva comparecer em peso ao estádio e haja sempre a torcida inerente aos fanáticos por seus clubes, ninguém em sã consciência aposta tudo no Paysandu. Isso porque o time tem uma força igual ou maior a dos adversários em dois terços do campo. A defesa vem bem na competição e o meio de campo marca e arma bem as jogadas, mas é no terço final que mora a dificuldade bicolor. O Papão tem sérias dificuldades em aproveitar as chances que cria.

Olhando friamente para os números, essa afirmação parece errônea. Na primeira fase o Paysandu fez 31 gols em 19 jogos, apenas um a menos que o líder geral Mirassol-SP. Mas, com o poder defensivo que sempre teve, terminou a fase com o melhor saldo, com 14 gols positivos. Como o artilheiro do time é um meia, Marlon com dez gols, os atacantes lutam para conseguir balançar as redes. Robinho, Marcelo Toscano, Pipico e Marcelinho, todos têm números modestíssimos. Danrlei tem bem mais gols, mas está sem marcar há tempos, sendo mais lembrado hoje pela incrível chance desperdiçada na estreia no quadrangular, contra o Vitória-BA, em pleno Barradão.

Hoje, o técnico Márcio Fernandes terá todos seus atacantes à disposição. Por isso é uma incógnita saber quem vai começar a partida. Marlon e Serginho, dois meias avançados, devem estar lá, mas quem será o terceiro jogador, o que atuará mais avançado, somente momentos antes do pontapé inicial é que será conhecido.

Quem vem atuando sabe que está faltando algo a mais e não necessariamente só de quem joga mais à frente, mas de todos que têm tido oportunidade e não aproveitando. “A gente vem jogando bem, dominando os jogos no campeonato todo, criando oportunidades. Temos que estar ligados em todos os lances, nos detalhes. Temos que estar concentrados para fazermos o melhor”, confirmou José Aldo. “Quando a gente joga bem sabe que pode vencer, mas estamos errando em alguns detalhes que tem que ser corrigidos. Temos esperança porque temos um grande elenco, um grande time e uma grande torcida ao nosso lado”, completou Marcelinho.

CONCENTRAÇÃO

Precisando vencer ou vencer, o Paysandu passou para o regime de concentração três dias antes da partida contra o Figueirense-SC. Desde quinta-feira jogadores e parte da comissão técnica estão “confinados” no hotel do clube, localizado no estádio da Curuzu. Depois do treinamento de quinta-feira de manhã, no local da partida, o elenco passou direto para o Hotel Antônio Couceiro. Além do cuidado com o descanso e alimentação dos atletas, eles também passaram a receber mais vídeos e palestras sobre o Figueira, mesmo o jogo de hoje sendo o terceiro encontro entre as equipes em 2022, sempre pelo Campeonato Brasileiro e sem que o Papão tenha vencido ainda. Além dos treinos em campo, as conversas são constantes, desde o técnico Márcio Fernandes e do presidente Maurício Ettinger. A meta é os jogadores focarem muito na preparação mental para o desafio deste domingo.


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