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01/09/2022 às 10h16min - Atualizada em 01/09/2022 às 10h14min

Todo mundo em pânico! Dupla Re-Pa tem futebol medonho

Parece comédia, mas o futebol de Remo e Paysandu tem sido um filme de terror há anos

- jornalinfoco.com
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“Qual o seu filme de terror favorito?”. A frase célebre da franquia de horror do cinema, ‘Pânico’, recentemente, tem sido entoada com bastante frequência pelos lados da Curuzu e da Antônio Baena. Isso graças às apresentações de meter medo no que se refere à performance, gestão e resultados de Clube do Remo e Paysandu. O cenário de pavor é com base no que foi demonstrado nesta temporada: com os azulinos eliminados precocemente da Série C e de férias no meio do ano, enquanto o Papão apresenta o roteiro de vexame pela terceira vez seguida no quadrangular decisivo da Terceirona nacional.

Assim como no filme, onde o vilão Ghostface não é só uma pessoa, o futebol profissional de azulinos e celestes também possui mais de um vilão que causa sofrimento ao Fenômeno Azul e a Fiel.

No Remo, Fábio Bentes apontou a falta de encaixe para o plantel não ‘dar liga’ e não avançar à segunda fase da competição nacional mesmo com o alto investimento a nível de Série B no futebol remista. Do outro lado, o declínio visível em reta decisiva é o parâmetro para preocupação. Com duas derrotas na atual etapa e na lanterna, o Paysandu precisa vencer praticamente todas as suas partidas se quiser sonhar com o acesso. Hoje, de acordo com o site estatístico Chance de Gol, o Lobo possui apenas 11% de chance de regresso à segunda divisão, o menor percentual dentre as oito equipes que têm lutado por quatro vagas na direção ao sol.

Quando teremos dias melhores?

Quando teremos dias melhores?

 Quando teremos dias melhores? | Diário do Pará

QUEM SENTE MEDO

Na opinião de quem acompanha o dia a dia das agremiações, a bronca pelo resultado aquém do esperado, é fruto de decisões equivocadas no passado e que ainda permanecem enraizadas em cada clube. O jornalista e repórter de esportes do DOL, Kaio Rodrigues, avalia. “Remo e Paysandu pararam um pouco no tempo. Vemos equipes sem expressão vir em Belém e ganhar jogos, roubar pontos. Os clubes de fora seguem se estruturando e isso envolve uma série de fatores. Contratar jogadores de maneira irresponsável afeta na saúde financeira de toda agremiação e com isso falta investimento em outros setores”, aponta. “Um clube não envolve só futebol. Remo e Paysandu estão com os CT’s de enfeite e nada é feito. Não é só contratar jogador e colocar para jogar. É preciso um planejamento em todas as áreas. Além disso, os paraenses não possuem bastidores fortes dentro da CBF. Temos uma FPF desorganizada e sem credibilidade, onde todos viram o que aconteceu recentemente nas eleições. Vemos constantes erros contra Remo e Paysandu e o que acontece? Nada! Futebol também é bastidor e enquanto as diretorias ficarem se provocando, brigando, vamos permanecer nesse ostracismo”, destacou.

CHUMBO GROSSO

O jornalista e radialista da Rádio Clube do Pará, Paulo Fernando, conhecido como “Bad Boy” por suas opiniões contundentes sobre o futebol local, não aliviou em sua análise com a mesmice de sempre. De acordo com o profissional, o principal entrave das equipes rumo à modernidade é notório. “O problema é que o amadorismo ainda reina em Remo e Paysandu. Aqui o pessoal confunde amizade com profissionalismo. Às vezes tu tem um amigo que é bom de boteco, mas só serve pra isso, mas as Alices dão espaço nos clubes. É inadmissível tu ter diretorias que não sabem nada de futebol há anos dirigindo. Aqui os clubes viraram clínicas de tratamento, onde os jogadores se tratam e recebem em dia pra jogar em outros clubes. Enquanto não colocar profissional competente, vamos enxergar times sem a menor tradição que os daqui em Série A ou B. Enquanto Remo e Paysandu derem espaço para diretores incompetentes e da marca desses que contratam, o nosso futebol vai seguir assim”, avaliou. 


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