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24/06/2022 às 17h14min - Atualizada em 24/06/2022 às 17h14min

Mês a mês, cesta básica pesa mais no bolso dos belenenses

Segundo o Dieese, nos 5 primeiros meses de 2022, o custo com os itens da alimentação cresceu 12,88%, chegando a custar R$ 628 na capital. Consumidores atestam alta frequente nos supermercados

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De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA), Belém é uma das três capitais que tiveram alta no preço dos alimentos no mês de maio, chegando a custar R$ 628,58. Já com relação aos cinco primeiros meses do ano, a capital paraense teve um aumento de12,88% no valor da cesta.

Para comprar os 12 itens básicos da Cesta, o trabalhador paraense comprometeu 56,07% do atual Salário Mínimo de R$ 1.212,00, e teve que trabalhar 114 horas e 06 minutos das 220 horas previstas em Lei. A pesquisa indica que outras 14 capitais tiveram recuos de preços no mês anterior. O Balanço sobre as flutuações dos preços dos produtos mostra que todos apresentaram aumentos, com destaque para o Feijão com alta de 8,72% seguido do Óleo de cozinha (soja) que aumento 7,71%; Tomate (5,42%); Leite com (4,89%); Café(4,49%) e o Pão (3,66%).

SUSTOS

Joyce diz que as compras do mês dobraram de valor em um mês

Joyce diz que as compras do mês dobraram de valor em um mês

 Joyce diz que as compras do mês dobraram de valor em um mês | Wagner Almeida / Diário do Pará

A Odontóloga Joyce Mendes, 41 anos, diz que os resultados da pesquisa se refletem no dia a dia. “Fazendo nosso supermercado mês passado a gente percebeu que dobrou o valor. Nossas compras do supermercado são mensais e, eventualmente, quando é proteína, uma vez por semana. Sentimos que principalmente o preço da carne teve um aumento bem significativo”, conta.

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O dia de compras para Marcelo Coelho, 26, estudante de engenharia civil, e para o pai Manoel Coelho, 54, mestre de obras, também é de espanto atualmente. Enquanto colocavam os produtos no carrinho lamentavam a alta no preço dos alimentos, que os obrigava a deixar fora do carrinho itens essenciais. “Nossas compras são mensais, percebemos que o valor da proteína, como carne e frango estão mais caros. Ultimamente estamos comprando só o necessário, mas o necessário está saindo muito caro”, lamenta Marcelo Coelho.

Para Arivaldo Caluff, 45, comerciante, os alimentos têm pesado significativamente no bolso. Principalmente para ele, que mora com a esposa e os dois filhos. “Há uns dois anos atrás eu gastava cerca de R$500,00 em supermercado e conseguíamos passar o mês todo. Agora aumentei o custo para R$800,00 por mês. O leite disparou de preço, antes comprava por R$ 4,00 e hoje em dia compro por R$7,00. Tentamos recorrer aos hortifruti e hortaliças, mas hoje em dia não tem nada barato”, afirma. “Domingo eu comprei carne para um churrasco, inclusive comprei bisteca para assar. Gastei R$100,00 rapidinho e não tinha nem 3 kg de carne”, comentou.


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