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12/06/2022 às 11h08min - Atualizada em 12/06/2022 às 11h08min

Pará está há um ano e meio sem crimes do “novo cangaço”

O último registro no Estado dessa modalidade de crime foi em dezembro de 2020. Segup investe em estratégias para coibir criminosos

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Investimento, integração e inteligência são as principais estratégias adotadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), para coibir e inibir as práticas criminosas de roubo a banco na modalidade “novo cangaço”, alcançando a redução de 100% nos casos e mantendo a estabilidade há um ano e seis meses sem nenhum registro em todo o Estado, segundo os dados computados pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac).

No ano de 2021, o Pará chegou à marca da redução de 100% se comparado aos anos de 2018, 2019 e 2020, que computaram 19, 15 e 3 casos, respectivamente. Desde o último registro, ocorrido na madrugada de 1º de dezembro de 2020, no município de Cametá, na região do Baixo Tocantins, os casos permanecem zerados até o dia 10 de junho de 2022.

O roubo a banco nesta modalidade ainda tem sido registrado em outros estados do Brasil nos últimos anos, porém o Pará segue na contramão, apresentando não apenas a redução, mas mantendo a queda, o que é resultado da forte integração, a troca de informações de inteligência, inclusive com outros estados e a forte repressão que ocorreu nos últimos eventos ocorridos, apontou o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.

Ele ainda acrescentou, “Ainda que não tenhamos nenhum registro desde 2020, mantivemos nossas ações de investigação, inclusive por meio do comitê que foi estabelecido, que se reúne para definir e alinhar estratégias com o intuito de continuar atuando com prevenção, que sabemos que é o melhor caminho no combate a esse tipo de crime. Então, vamos continuar investindo em integração e inteligência para manter sem nenhum evento dessa modalidade em todo o estado”, afirmou o titular da Segup.

ESTRATÉGIAS

Os investimentos na inteligência possibilitam investigações ainda mais aprofundadas, além do fortalecimento na estrutura da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro, assim como a criação da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC), vinculada a Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), que atuam na apuração destas ocorrências e combate à esses crimes e os responsáveis por eles. Assim como, a integração das forças de segurança, que estão atuando diuturnamente por meio de ostensividade, investigação e troca de informações.

A exemplo da integração, está o Comitê Permanente de Enfrentamento às Ações Criminosas Contra Instituições Bancárias e Transportes de Valores, estabelecido em fevereiro de 2022, o qual é integrado por especialistas das forças de segurança para o estabelecimento de estratégias de combate e prevenção da criminalidade na Capital e interior do estado.

A desarticulação antecipada das ações criminosas e cumprimento de mandados de prisão previamente expedidos contra integrantes de grupos criminosos, está entre as medidas que a segurança pública vem utilizando para combater esse tipo de crime, informou o presidente do comitê e secretário adjunto de Inteligência, delegado André Costa.

“Permanecemos atuando na prevenção dessa modalidade de crime, e por meio do comitê, estratégias de inteligência e várias frentes de ações estão sendo trabalhadas, nos eixos de aquisição, comunicação, tecnologia, além dos planos de enfrentamento, contenção e acionamento. Então tudo o que está sendo construído no comitê, tem sido trabalhado pelos especialistas, dentro da atribuição de cada força, na qual elas podem propiciar ao Sistema de Segurança Pública, aprimoramento, avanço e principalmente o entendimento de roubos a banco no estado do Pará. Estamos aproveitando a oportunidade de estarmos há mais de um ano sem nenhum tipo de evento na modalidade novo cangaço no estado, trabalhando para que possamos ampliar as estratégias e caso venha ocorrer, possamos enfrentar da melhor maneira possível, evitando principalmente a perda de vidas e minimizando os efeitos para a comunidade local”, concluiu o titular da Siac.


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